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TV com defeito: Vale mais a pena consertar ou comprar uma nova?

FOTOS: REPRODUÇÃO

TV com defeito na tela em sala decorada

TV com listras na tela: conserto vale a pena se custo não ultrapassar 50% do valor de uma nova

EDUARDO BONJOCH

edubonjoch@gmail.com

Publicado em 15/4/2023 - 6h20

Dos brasileiros que compraram uma TV nova em 2022, 46% decidiram trocar o aparelho antigo porque estava com defeito, segundo pesquisa da GfK. E quando isso acontece, o consumidor sempre fica na dúvida entre consertar ou substituir o televisor por outro mais moderno.

De acordo com as assistências técnicas consultadas pelo Notícias da TV, o conserto só vale a pena se custar até 50% do valor de uma TV nova de mesmo padrão e tamanho. Mas outros fatores também precisam ser considerados. Se o modelo que quebrou não for uma smart TV ou estiver defasado na oferta e atualização de apps, por exemplo, considere de 20% a 30%, no máximo.

Além do alto custo, outro problema que o consumidor pode enfrentar na hora do conserto é a falta de peças de reposição, principalmente em telas com dez ou mais anos de uso. Segundo o Código de Defesa do Consumidor, o fabricante só é obrigado a assegurar a troca desses itens durante a vida útil estimada do aparelho, que é de cinco anos.

"A falta de peças é um problema sério, tanto que vamos parar de consertar televisores de plasma", afirma Rubem Oliveira, que atua há 40 anos no ramo de assistência técnica de TVs em Porto Alegre (RS). Para suprir essa deficiência, ele costuma comprar e desmontar aparelhos antigos, adquiridos principalmente em leilões, reforçando seu estoque. Consertar uma tela de 32" com sua equipe custa entre R$ 360 e R$ 380.

Quem está no ramo há algum tempo, já percebeu que a vida útil dos televisores diminuiu bastante. "As TVs de tela fina costumavam durar cerca de oito anos; agora, é comum chegarem aparelhos para conserto com dois a três anos de uso", diz João Fernandes, que atua no setor de assistência técnica em São Paulo há três décadas.

O problema é maior nas TVs simples e baratas. Para se manterem competitivos na guerra de preços que rege o mercado, vários fabricantes passam a utilizar componentes de baixo custo e qualidade inferior. A conta quem paga é o consumidor, que provavelmente precisará levar o televisor para o conserto bem antes do que previa.

Os defeitos mais comuns

Embora a ordem possa variar de acordo com a cidade ou assistência técnica, os consertos mais comuns nas TVs atuais são a troca da placa da fonte ou da placa principal, dos LEDs que iluminam a tela ou do painel. "Na maioria dos casos, o aparelho não liga por causa de alguma variação brusca de tensão na rede elétrica, que queima a placa da fonte ou a placa principal", diz Fernandes.

Segundo ele, boa parte dos televisores atuais já traz as duas placas integradas, o que encarece o conserto. Para trocar a placa da fonte, o técnico  cobra entre R$ 300 e R$ 500, dependendo do modelo. Se o defeito for na placa principal, custa mais caro: a partir de R$ 500.

E não basta desligar a TV da tomada e deixar o decoder de TV por assinatura funcionando. Nesse caso, uma descarga elétrica pode queimar esse aparelho e a placa principal do seu televisor, já que os dois estão ligados por um cabo HDMI.

Após alguns anos de uso, os LEDs que iluminam internamente a tela também podem queimar, impedindo que a TV ligue ou deixando a imagem com partes mais escuras, semelhantes a manchas. Esse é outro problema comum, que exige um investimento a partir de R$ 400.

Mas se aparecerem listras ou faixas na tela, provavelmente, será preciso trocar o painel. Se isso estiver acontecendo com sua TV, fique atento. Por ter custo elevado, esse tipo de reparo não costuma compensar.

Antes de dormir, programe a TV para desligar 

Dicas para a TV durar mais

Como boa parte dos consertos está relacionada a problemas na rede elétrica, comece ligando a TV a um filtro de linha. Comuns no mundo da informática, esses acessórios apresentam várias tomadas em formato de régua, e vêm com fusível ou varistor, que queima em casos extremos, evitando danos aos equipamentos conectados.

Em caso de TVs de tela grande mais caras, outra opção é comprar um condicionador de energia. São produtos mais sofisticados e completos, que custam a partir de R$ 500 e, além das tomadas, costumam oferecer entradas para antena, TV por assinatura e cabo de rede, aumentando a confiança na proteção do seu home theater ou sala de games.

Outra dica é evitar que o televisor fique ligado sem necessidade, o que certamente aumentará sua vida útil. "Procure sempre programar a TV para desligar durante a noite, porque não existe razão para deixá-la funcionando direto e consumindo energia enquanto você está dormindo", alerta o técnico Rubem Oliveira.

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