FIQUE DE OLHO
EDUARDO BONJOCH/NOTÍCIAS DA TV
Antes de comprar a TV, o consumidor deve acompanhar as alterações de preço nas lojas
Se você quer trocar a TV na Black Friday, que neste ano está marcada para 26 de novembro, a dica é começar a monitorar as ofertas desde já. Pesquisar com antecedência aumenta as chances de encontrar o modelo desejado em tempos de escassez de componentes eletrônicos e ajuda a fugir de armadilhas, como descontos que não existem, as chamadas "maquiagens de preço", ou golpes de falsas páginas na internet.
"O primeiro passo é desconfiar de ofertas tentadoras demais, quase sempre anunciadas por pequenos lojistas desconhecidos", alerta Renata Reis, coordenadora do Procon-SP. Segundo ela, os anúncios que chegam por e-mail ou aparecem nas redes sociais também merecem atenção. "Muitas vezes, estas propagandas direcionam o consumidor para páginas falsas de golpistas, que até imitam o visual dos grandes varejistas."
Na dúvida, esqueça o link do anúncio virtual e procure entrar direto na página da loja pelo seu navegador para conferir se aquela oferta de TV realmente existe. Outro bom termômetro para não cair numa cilada é acompanhar o histórico de preços nos sites de comparação de ofertas. Dois dos mais populares, que são o Zoom e o Buscapé, oferecem um gráfico de oscilação de preços do produto pesquisado nos últimos 40 dias ou seis meses.
De acordo com o Procon-SP, a "maquiagem de preço", o cancelamento da compra por parte da loja, a mudança no valor ao finalizar o pedido e o atraso ou a não entrega do produto lideraram, respectivamente, as reclamações na Black Friday do ano passado. "É comum também o cliente não conseguir concluir a compra porque sempre entra uma mensagem de erro", diz.
Segundo Renata, em casos como este, o ideal é printar as telas para que o consumidor possa exigir o cumprimento da oferta. E se o cliente se arrepender da compra, tem um prazo de até sete dias para devolver o produto. Por isso, deixe a empolgação de lado e procure manter a embalagem intacta neste período, se quiser evitar problemas.
A promoção é boa, mas quando você vai concluir a compra é surpreendido pelo alto valor do frete. Embora o comércio eletrônico brasileiro tenha crescido no passado com o chamariz do frete grátis, a realidade atual é bem diferente. "Hoje, a maioria das entregas utiliza transporte rodoviário, que sofre com os altos preços dos combustíveis", avalia Gastão Mattos, responsável pela divisão de Varejo On-line da Câmara Brasileira de Economia Digital.
Mas existem alternativas para o consumidor. A primeira é planejar a compra com antecedência, abrindo mão da entrega rápida, que costuma ser mais cara. "Este ano, tem ainda a questão da falta de componentes eletrônicos, que pode provocar uma falta de televisores e outros eletrônicos nas lojas e comprometer os planos de quem gosta de deixar tudo para a última hora", comenta ele.
Procure também comparar o valor dos fretes de vários lojistas, somados ao custo do televisor, antes de tomar a decisão final. Às vezes, aquela oferta que nem parecia tão tentadora sai mais barata do que outra pela vantagem do frete grátis ou reduzido. "É bom verificar também se o varejista conta com o serviço de comprar pela internet e retirar na loja, o que também pode ser bem vantajoso", sugere Mattos.
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