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Confusão nas parabólicas: O que você deve fazer para não ficar sem TV?

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Antena parabólica instalada no telhado de uma casa

Quando o 5G chegar, você poderá ter interferências e perda da imagem dos canais da parabólica

EDUARDO BONJOCH

edubonjoch@gmail.com

Publicado em 14/4/2022 - 6h30

Se você mora nas capitais brasileiras e utiliza uma antena parabólica para ver TV aberta, poderá ter problemas na hora de sintonizar os canais a partir de julho. Isso porque a mesma banda C, que hoje transmite o sinal analógico via satélite das emissoras, passará a atender também a tecnologia 5G.

Como o novo sinal de internet móvel é mais forte do que o de TV, é normal ocorrerem interferências e até a perda total da imagem dos canais, principalmente perto de onde forem instaladas as antenas do 5G. Para que ninguém fique sem TV, as transmissões atuais estão migrando da banda C para a banda Ku. A principal vantagem é a melhor qualidade de imagem, que passa a ser digital, permitindo a recepção de conteúdo em alta definição.

Mas não haverá desligamento do sinal de TV nas parabólicas até, pelo menos, dezembro de 2023. "O edital do 5G ainda prevê que esse prazo pode ser prorrogado até 31 de dezembro de 2025", explica Otávio Caixeta, diretor de Inovação, Regulamentação e Fiscalização do Ministério das Comunicações. "Até lá, o sinal do satélite em banda C persistirá cobrindo todo o território nacional."

Mesmo assim, você poderá ter interferências e perda desse sinal em casa quando o 5G chegar na sua cidade. Isso vai depender de vários fatores, como a proximidade entre a sua residência e uma antena da nova tecnologia de internet móvel. Por isso, o primeiro passo é verificar o calendário de implantação do 5G para ter tempo de se preparar e continuar a captar o sinal dos canais gratuitamente, agora na banda Ku.

Segundo Caixeta, Distrito Federal e capitais terão prioridade, já começando a experimentar a tecnologia de internet móvel de alta velocidade a partir de 30 de junho. A previsão é que, no início de 2023, o 5G chegue às cidades com mais de 500 mil habitantes e depois esteja disponível em municípios menores.

Kit para banda Ku pode custar R$ 500 

Miniparabólica é opção

A sugestão do Ministério das Comunicações é a aquisição de um kit com receptor digital e miniparabólica, mesmo modelo da Sky, por exemplo, que também está na banda Ku. Cerca de 8,9 milhões de famílias que recebem sinal de TV pela parabólica e estão inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal receberão esses kits gratuitamente, com instalação. Feito isso, a antena parabólica grande perderá sua função.

Hoje, segundo o Ministério das Comunicações, as parabólicas estão presentes em cerca de 20 milhões de lares em todo o país. Fazendo uma conta rápida, quem mora nesses outros 11 milhões de domicílios terá que adquirir seus kits por conta própria. Para Carlos Ottoboni, diretor de engenharia da Century, um dos principais fabricantes do setor, o kit deve custar entre R$ 350 e R$ 500, já incluindo a instalação.

Mas ele alerta que o valor é apenas uma estimativa. "O setor de eletroeletrônicos vem passando por uma crise de abastecimento de matéria-prima, que pode elevar o preço dos produtos", explica. Segundo Ottoboni, o kit oferecido pela Century será idêntico ao que é utilizado hoje na TV por assinatura via satélite e deve incluir o mesmo sistema adotado hoje na banda C para captar o sinal das retransmissoras regionais dos canais abertos.

Com a captação do sinal gratuito pelas miniparabólicas, ele acredita que esse modelo de ver TV, que antes estava mais restrito às áreas rurais, volte a ser interessante nas cidades. E muitas famílias sairão ganhando, porque não terão mais de assinar um serviço de TV paga apenas para ver canais abertos.

Quer gastar menos?

Além da opção do kit, existe a possibilidade de adaptar a antena parabólica grande que você já tem para receber o sinal dos canais na banda Ku. "Nesse caso, é preciso trocar um dispositivo acoplado à antena, que é chamado LNBF [de Low Noise Block Downconverter Feeder, algo como conversor de sinais de baixo ruído com alimentador], por outro compatível com a nova tecnologia, denominado LNB Ku", afirma Maicon Marques, que atua na área há 15 anos.

Vale lembrar que esse serviço deve ser entregue a um profissional da área, porque requer cuidados na instalação e conhecimento para programar os canais na nova frequência. Na maioria dos casos, será necessário ainda substituir o receptor que você tem em casa por um modelo digital.

"Contando com a consultoria certa, o telespectador poderá desfrutar da mesma qualidade de imagem de uma instalação com miniparabólica", diz Ottoboni. E por um preço menor, que varia de R$ 120 a R$ 400, dependendo da necessidade de trocar o receptor.


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