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ONDE ESTÁ MEU CORAÇÃO

Série da Globo expõe Cracolândia privê e drama de ricos viciados

DIVULGAÇÃO/TV GLOBO

A atriz Leticia Colin com expressão desesperada em cena noturna da série Onde Está Meu Coração

Leticia Colin no papel de Amanda, uma mulher de classe alta viciada em Onde Está Meu Coração

FERNANDA LOPES

fernanda@noticiasdatv.com

Publicado em 13/2/2023 - 6h40

Onde Está Meu Coração, série que vai ao ar na Globo nas noites de terça, retrata um lado pouco conhecido do vício em drogas. A protagonista, Amanda (Leticia Colin), é uma médica bem-sucedida, mas que ainda assim sucumbe à dependência química. Ela recorre a uma espécie de Cracolândia liberada apenas para quem tem muito dinheiro para se render ao crack. 

Este universo foi descoberto pelos autores, George Moura e Sergio Goldenberg, durante o processo de desenvolvimento da trama. Eles quiseram mostrar que não é apenas na Cracolândia, região do centro de São Paulo em que pessoas em situação de rua vagam em alta vulnerabilidade, pedindo dinheiro e usando muito crack, que a droga circula.

"Não se fala muito sobre crack na classe média/alta, mas existe, a gente viu como ele está presente. Mas a pessoa se esconde, deixa de existir, é enfurnada numa clínica", disse Goldenberg.

"A gente descobriu um espaço que se chama Cracolândia privê. São apartamentos grandes onde você paga pra consumir as drogas e não ser importunado pela polícia", revelou Moura. Estes lugares existem em São Paulo, onde a história se passa. 

Nos próximos episódios de Onde Está Meu Coração, o público verá Amanda sofrer de abstinência após ser forçadamente internada numa clínica de reabilitação. Enquanto isso, os pais dela discordam sobre qual é a melhor opção de tratamento para ela. 

"A culpa [por uma pessoa se afundar na dependência química] é de ninguém e é de todo mundo. Em Onde Está Meu Coração, um lado da família quer acolher [Amanda], o outro lado diz 'vamos internar, mesmo que ela não queira'. Isso causa uma cisão na família. A série faz muitas perguntas [sobre como lidar com o problema], mas não traz todas as respostas. Quer investigar a questão, não trazer respostas prontas", explicou Moura.

A atriz Leticia Colin conviveu com usuários de crack durante a preparação para o papel. Ela visitou uma clínica de tratamento, reuniões dos Narcóticos Anônimos, centros de psicologia e a região da Cracolândia. Leticia adquiriu uma nova visão sobre a dependência química. 

"Fui na Cracolândia, claro, que é um lugar de muito afeto, de família, diferentemente do que todo mundo pinta como assombro. É um lugar onde as pessoas se protegem, têm sonhos, seus afetos, não queriam estar ali, são filhos, irmãos, pais, mães... Eu fiquei muito comovida com as pessoas que conheci. Sentar ali com alguém que tá fumando pedra ou conseguindo dinheiro pra fumar a próxima pedra mudou minha vida", relatou a atriz.



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