Manifest
Imagens: Divulgação/NBC
Melissa Roxburgh e Josh Dallas na primeira temporada de Manifest; parece um casal, mas eles são irmãos
JOÃO DA PAZ
Publicado em 4/10/2019 - 5h01
Com um ano de atraso, finalmente chega ao Brasil a série que foi a sensação da temporada passada nos Estados Unidos: Manifest. Rotulada de a nova Lost (2004-2010), a atração entra com a primeira temporada incompleta nesta sexta-feira (4), no Globoplay --só os primeiros dez episódios, de 16 no total. Na próxima segunda (7), Manifest ganhará uma exibição especial na Tela Quente, com o subtítulo O Mistério do Voo 828.
O complemento no nome da série ajuda a entender sua premissa. Passageiros do tal voo reaparecem cinco anos depois de sumirem em pleno ar. Ao aterrissarem, eles percebem que não envelheceram. E notam que a vida na Terra seguiu seu curso normalmente. Parentes e amigos consideraram todos os passageiros como mortos e já superaram o luto.
Esse choque de realidade é o estopim de inúmeras teorias. Onde esses passageiros ficaram nesses cinco anos? Eles foram raptados por aliens? O governo americano tem algum envolvimento no caso? Manifest abraça essa linha narrativa com força e, para captar todas as teorias, o telespectador precisa ficar atento.
Até a religião tem seu espaço, com uma conexão bem peculiar. Assim como Lost, Manifest tem o seu número cabalístico, o 828, que aparece em vários momentos ao longo dos episódios e serve como dica para o público se ligar em segredos da trama. Uma das ligações é com o versículo bíblico 28 do capítulo 8 do livro de Romanos: "Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito."
Muitos passageiros do voo 828 ouvem vozes, sensação que eles batizaram de Chamado. As orientações do tal Chamado podem salvar vidas ou levar à morte e essa é outra parte importante da história que o telespectador de Manifest tem de ficar ligeiro para compreender o andamento da trama.
Jack Messina interpreta Cal Stone, garoto do voo 828 que ganha superpoderes em Manifest
O personagem crucial é Cal Stone (Jack Messina), o mais novo de toda a série. Filho do professor Ben (Johs Dallas), o garoto estava no voo e, ao pisar em terra firme, passou a ter poderes sobrenaturais, fazendo desenhos que preveem o futuro. Por que ele é tão especial? Essa pergunta está entre tantas outras que Manifest não pode deixar passar batido.
E está aí um detalhe fundamental. Manifest imita Lost em muitas coisas, só não pode fazer o mesmo do que o drama mais famoso e enrolar o telespectador. O plano do criador da série, Jeff Rake, é levar o drama até a sexta temporada. A torcida é para que ele e sua equipe de roteiristas não arrastem até lá as conclusões das inúmeras teorias criadas na primeira temporada. Quanto mais cedo elas forem decifradas, melhor.
A primeira impressão que Manifest deixou foi boa. A série não foi uma sensação do nível de The Good Doctor (em 2017) e This Is Us (em 2016), entre as series da TV aberta americana, mas conquistou bons números de audiência, somando o público que assistiu a atração "ao vivo" com aqueles que viram episódios gravados em até sete dias de sua exibição original.
Manifest foi a série novata líder em audiência na temporada 2018-2019, com 12,607 milhões de telespectadores. No ranking geral, foi a nona colocada, à frente da veterana e popular Chicago Fire. Entre o público adulto, Manifest, já renovada para a segunda temporada, foi tão vista quanto a arrebatadora Grey's Anatomy.
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