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M. NIGHT SHYAMALAN

Diretor de O Sexto Sentido volta à TV com luto, suspense e bebê boneco

Divulgação/Paramount Pictures

O diretor indiano M. Night Shyamalan em foto de arquivo

O diretor indiano M. Night Shyamalan, que está por trás de Servant, série do streaming Apple TV+

LUCIANO GUARALDO, de Nova York

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 4/10/2019 - 4h59

Conhecido por revolucionar o cinema com o suspense O Sexto Sentido (1999), o diretor M. Night Shyamalan agora quer fazer o mesmo na TV. Três anos depois do fracasso de Wayward Pines (2015-2016), o indiano está de volta como uma das mentes por trás de Servant, série que o novo serviço de streaming Apple TV+ lançará em 28 de novembro.

A atração criada por Shyamalan é uma das apostas da empresa famosa por seus celulares para conquistar assinantes --tanto que a série entrará no ar menos de um mês depois da estreia oficial do serviço. Mas, como tudo que envolve o cineasta, Servant era envolta em muito suspense. Até agora. O Notícias da TV acompanhou uma apresentação do projeto e adianta um pouco do que está por vir.

Os protagonistas são Dorothy (Lauren Ambrose, de Six Feet Under) e Sean (Toby Kebbell, de Black Mirror), que vivem uma tragédia pessoal: o filho do casal morreu ainda bebê, e os dois não conseguem superar o luto. Um terapeuta sugere que eles coloquem um boneco hiper-realista para substituir o herdeiro até que, aos poucos, eles consigam aceitar a morte e seguir em frente.

Só que Dorothy fica tão abalada com a perda que começa a agir com o brinquedo como se ele fosse, de fato, o filho dela. Chega a ponto de contratar uma babá, Leanne (Nell Tiger Free, de Game of Thrones), para cuidar do bebê. Rupert Grint, o Rony da franquia Harry Potter, completa o elenco na pele de Julian, irmão de Dorothy.

Servant promete abusar do suspense para manter o público vidrado na tela, com reviravoltas o tempo todo. "Eu não quero que você assista à série enquanto mexe no seu computador ou faz outra coisa, algo tão comum na TV de hoje. Cada frame [imagem] é pensado para que você nem pense em se distrair", contou Shyamalan.

O maior diferencial da atração é o seu cenário. Praticamente todas as cenas se passam dentro da casa onde Sean e Dorothy moram --e para a qual a babá se muda. "É um set tão bem construído, tão envolvente, que eu ficava por lá até quando não precisava", confidenciou Kebbell. "É verdade, temos uma cena em que Lauren e Rupert conversam, e Toby surge bem lá no fundo, só cozinhando", riu o diretor.

divulgação/apple

Shyamalan (à esq.), Lauren Ambrose, Rupert Grint, Nell Tiger Free e Toby Kebbell, de Servant


Pé atrás com a TV

Responsável por filmes como Corpo Fechado (2000), A Vila (2004) e Fragmentado (2016), M. Night Shyamalan admitiu que tinha receio de fazer televisão. "Eu evitei esse formato enquanto pude, durante anos, porque é uma coisa desumana. Vocês sabem a quantidade de conteúdo que os profissionais precisam entregar na TV? Isso me assusta!", confessou.

A experiência negativa com Wayward Pines, que durou duas temporadas na Fox norte-americana, abriu os olhos do diretor para só voltar a fazer séries em um esquema diferente. E foi exatamente aí que a Apple ganhou o diretor.

"Em primeiro lugar, eu queria fazer episódios de 30 minutos, e nenhuma rede de TV toparia isso porque o único formato que você tem com essa duração é de comédia. Depois, eu tenho um planejamento de 60 episódios ao longo de seis temporadas. E tudo isso nesse cenário da casa, quase que como uma peça filmada", explicou.

A Apple abraçou todas excentricidades do diretor, e ainda ganhou pontos porque boa parte dos produtos da empresa, como celulares e tablets, terão acesso ao novo serviço de streaming. "Você estreia sua série com um público potencial que ultrapassa 1 bilhão de pessoas. Isso é algo inimaginável", valorizou o diretor.

Confira um teaser do que está por vir em Servant:


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