HARLEY QUINN
Divulgação/HBO Max
Arlequina e Coringa em cena de Harley Quinn; vilã do Batman é o destaque da série da HBO Max
Personagem que virou destaque na cultura pop pela interpretação de Margot Robbie no criticado Esquadrão Suicida (2016), Arlequina ganhou uma série para chamar de sua com a animação Harley Quinn, disponível no Brasil desde a chegada da HBO Max. Sem pudor para falar palavrões, matar pessoas e conversar sobre sexo, a atração mostra que a DC pode ter um futuro promissor na TV para além do Arrowverse.
Criada pelo trio Justin Halpern, Dean Lorey e Patrick Schumacker, Harley Quinn estreou em 2019 na extinta plataforma DC Universe antes de migrar para a HBO Max. Na versão original, Kaley Cuoco, a eterna Penny de The Big Bang Theory (2017-2019), foi escolhida para dublar a personagem e faz um trabalho brilhante como uma Arlequina mais insana e boca suja do que a dos cinemas.
Embora tenha sido o destaque de Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa (2020), é em Harley Quinn que a vilã do Batman é, de fato, explorada como a protagonista da própria história. Ao se afastar de Coringa, Arlequina tenta conquistar o seu lugar entre os maiores antagonistas do mundo.
Para ajudá-la na missão, a animação a coloca ao lado de alguns dos outros vilões da DC de menor destaque em uma trama que incorpora a ultraviolência, a sexualidade e as palhaçadas que uma cidade como Gotham City propõe. Harley Quinn pouco se leva a sério e torna a experiência de acompanhar Arlequina e seus amigos a melhor possível.
DIVULGAÇÃO/HBO MAX
Arlequina e os personagens principais da série
Com tantos coadjuvantes de qualidade, Harley Quinn entra na lista de séries que se torna difícil não gostar de seus personagens. Dos bobos Tubarão-Rei e Cara de Barro à imponente Hera Venenosa, todos têm o seu momento de brilho e acrescentam humor e leveza a uma produção rica em conteúdo.
Mesmo com tantas palhaçadas e obscenidades, a atração ainda consegue explorar assuntos delicados e importantes da atualidade. A relação de abuso entre Arlequina e Coringa está no centro do debate da primeira temporada, e a sua jornada de emancipação para virar a rainha do crime a torna uma das personagens mais agradáveis de se acompanhar da DC.
Sem as arramas do Palhaço do Crime, Arlequina se vê pela primeira vez no controle de sua vida para descobrir quem realmente é e o ela que quer. No fim, a série se coloca como uma atração sobre mulheres que se apoiam em um mundo controlado por homens e lutam de maneira corajosa para marcar o seu lugar na história.
Com as séries do Arrowverse se dissolvendo aos poucos --Supergirl e Raio Negro se juntam ao cemitério de Arrow neste ano, enquanto Flash luta para manter parte de seu elenco original--, Harley Quinn surge como uma alternativa rica em possibilidades para manter esse universo ativo. Há muitos personagens da DC para serem explorados e, com a qualidade já demonstrada em suas primeiras temporadas, nem Batman ou Superman vão fazer falta.
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