COM SEU JORGE
REPRODUÇÃO/NETFLIX
Seu Jorge em cena de Irmandade; série brasileira da Netflix iniciará as gravações da segunda temporada
GABRIEL PERLINE
Publicado em 11/2/2020 - 5h01
A série brasileira Irmandade, apelidada de "PCC da Netflix", terá segunda temporada na gigante de streaming. As gravações do drama policial de Pedro Morelli estão previstas para começarem em março, na Penitenciária Estadual de Piraquara, localizada na Grande Curitiba (PR), com Seu Jorge, Naruna Costa e Lee Taylor de volta ao elenco principal.
Embora a Netflix não tenha feito o anúncio oficial da renovação da série, fontes do Notícias da TV ligadas à produção afirmaram que já está tudo certo para as gravações da nova leva de episódios se iniciarem no próximo mês.
Irmandade ganhou o apelido de "PCC da Netflix" por contar a história do surgimento de uma facção criminosa similar ao PCC (Primeiro Comando da Capital) em São Paulo, no início da década de 1990.
Na primeira temporada, a produção contou com "figurantes" que entendem perfeitamente do universo. Prisioneiros de verdade adotaram o grupo fictício da trama da Netflix como se fosse real e até gritaram palavras de apoio a ele durante as gravações no presídio em que cumprem pena.
A produção foi gravada em um setor desativado da Penitenciária Estadual de Piraquara, mas o pavilhão ao lado, onde estavam abrigados os "figurantes", ainda funciona normalmente.
"Os presos podiam nos ver pela janela. E eles gostaram da Irmandade, ficavam gritando o nome da facção fictícia, tivemos uma interação muito única aí", disse Pedro Morelli, criador da série, da qual também é diretor e roteirista, às vésperas da estreia da primeira temporada.
As cenas no presídio serviram como ponto de apoio para a jornada da protagonista, Cristina (Naruna Costa). Advogada em início de carreira no Ministério Público, ela é demitida do órgão em 1994 por causa de uma fraude. Acaba se associando ao detetive Andrade (Danilo Grangheia), que dá a ela uma missão: se infiltrar na Irmandade e desmanchá-la por dentro, entregando os cabeças da operação.
O problema é que um dos líderes da facção criminosa é Edson (Seu Jorge), irmão mais velho da mocinha, preso duas décadas antes por porte de drogas --e Cristina se culpa por ter denunciado o parente ao pai, que acabou chamando a polícia.
Dividida entre a ética e os laços familiares, a advogada se afunda cada vez mais nos problemas da facção, e sua lealdade é testada tanto pela polícia quando pela Irmandade o tempo todo.
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