Entrevista | Pedro Pascal
Divulgação/HBO
Pedro Pascal senta no Trono de Ferro na exposição Game of Thrones - The Exhibition, no Rio de Janeiro
PAULO PACHECO, no Rio de Janeiro
Publicado em 6/4/2014 - 3h46
Atualizado em 6/4/2014 - 9h03
Destaque da nova temporada de Game of Thrones, que estreia neste domingo (6), às 22h, no canal pago HBO, o ator Pedro Pascal é mais norte-americano do que chileno. Com apenas oito meses de idade, deixou sua terra natal com a família, perseguida pela ditadura de Augusto Pinochet (1974-1990), e se mudou para a Dinamarca. Após rodar o mundo, fixou residência em Nova York (EUA), onde estudou atuação e mora desde 1993, porém anualmente visita a família no Chile.
Depois de interpretar papéis secundários em séries como Homeland e The Good Wife, Pedro Pascal, que completou 39 anos na última quarta-feira (2), estreia em Game of Thrones, uma de suas séries favoritas, como Oberyn Martell, príncipe da península de Dorne. Conhecido como Víbora Vermelha, ele vai à capital dos Sete Reinos para vingar a morte da irmã.
Em visita ao Rio de Janeiro para divulgar a exposição Game of Thrones - The Exhibition e a quarta temporada da série, Pedro Pascal contou aos jornalistas que teve de aprender artes marciais para interpretar Oberyn e diz ter semelhanças com seu personagem, que, segundo ele, é um homem “perigoso, mas respeitador”.
Pergunta – Como foi chamado para fazer Game of Thrones? Você gravou um teste para o personagem com um iPhone?
Pedro Pascal – Eu estava na Califórnia assistindo à terceira temporada, como se fosse um fã qualquer. E uma seleção pode acontecer em qualquer lugar, então a HBO pediu para eu me filmar, ou seja, gravar a mim mesmo fazendo a audição. Assim que eu consegui fazer parte de Game of Thrones, recebi 17 páginas do roteiro da quarta temporada. Como alguns diretores estavam em Londres, é uma série muito conhecida e não sou famoso, eu realmente achava que não tinha nenhuma possibilidade de passar.
Eu estava chateado por ter estragado a minha possibilidade de participar da quarta temporada. Joguei os papéis para o alto! Mas um amigo chegou em casa, me filmou, mandei a gravação para os diretores em Londres. Os criadores viram e entraram em contato, falaram sobre o Oberyn e pediram para eu fazer de novo, e dessa vez não usei meu iPhone (risos). Fiz questão de fazer mais profissional no segundo teste.
Pergunta – Sempre se interessou pelo Oberyn ou desejaria fazer outro personagem da série?
Pascal – Não. Eu gosto do Oberyn. Na verdade, se eu pudesse escolher um personagem, eu escolheia o Oberyn.
Pergunta – Vocês têm semelhanças?
Pascal – Sim. Ele se importa muito com a irmã, e eu tenho uma irmã mais velha também. Nós dois nascemos no Chile, mas a minha família foi embora quando a gente era criança, fugiram do golpe militar (1973), viraram refugiados políticos, viajamos o mundo todo. Ela sempre esteve comigo nessas viagens. Ela é a pessoa mais próxima da minha vida, é a pessoa que me acompanhou em todos os lugares que percorremos com a família. É a relação que Oberyn tem com a irmã, que morreu, e ele está vingando a morte dela. Foi muito fácil achar algum sentimento de vingança só de pensar que alguém pudesse fazer algo de ruim com a minha irmã.
Pedro Pascal e Indira Varma em cena de Game of Thrones (Divulgação/HBO)
Pergunta – Qual foi a sua reação com o massacre do Casamento Vermelho, na terceira temporada?
Pascal – Foi um choque, traumático. Eu não estava esperando, porque não tinha lido os livros. Naquele dia, tinha começado a fazer os testes para a série. Para mim, foi uma maneira de me consolar, de não ficar tão chateado, porque quando vi o Casamento Vermelho eu falei: “É só um show, não é verdade” (risos).
Pergunta – Como é a sua relação com os colegas de elenco? São amigos?
Pascal – Assim que eu cheguei, a primeira pessoa que eu conheci foi o Kit (Jon Snow). Ele disse: "Oi, tudo bem? Quer vir jantar com a gente?”. No primeiro dia, eu já estava bebendo cerveja com o pessoal.
Pergunta – Game of Thrones tem muitos vilões, mas que os fãs amam. Você acredita que o seu personagem será amado ou odiado pelo público?
Pascal – Pode ser um personagem que o público ame ou odeie. Oberyn é um cara super perigoso, mas é um cara com muita integridade, não é uma pessoa muito comum, porque ele não é o tipo do cara mau, perigoso, que luta contra o mundo e contra todos, sempre arrogante e valentão. Ele é muito perigoso, mas ele é respeitoso, uma pessoa que respeita os outros, ou seja, não é o típico “macho”.
Pergunta – Você teve algum treinamento para as lutas com espada?
Pascal – Sim. Tive que aprender Wushu, uma arte marcial acrobática, com um mestre em Los Angeles. Aprendi a virar a espada, fazer cambalhotas. Foram duas semanas em Los Angeles e depois fiquei oito semanas na Irlanda. Entre as filmagens e meu tempo livre, eu praticava.
LEIA TAMBÉM:
Fãs 'sobem' muralha de 200 metros em exposição de Game of Thrones
Sede de vingança marca quarta temporada de Game of Thrones
Falta de atores trava produção de minissérie e adia novela na Record
Público votará em reality show da Globo pelo aplicativo do celular
Globo se diz vítima de crime e que piloto do Fantástico foi furtado
Novo Fantástico ganha palco, cavalinhos falantes e emoticons
José Wilker acreditou no fracasso de Dona Flor e Seus Dois Maridos
Bruno Gagliasso troca mocinhos por serial killer de Glória Perez
Silvio Santos volta a gravar e encontra Danilo Gentili domingo
Apesar dos tropeços, Joia Rara termina com saldo positivo
► Curta o Notícias da TV no Facebook e fique por dentro de tudo na televisão
O jornalista Paulo Pacheco viajou ao Rio de Janeiro a convite da HBO
© 2024 Notícias da TV | Proibida a reprodução
Mais lidas
Política de comentários
Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.