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Fall Season 2019

Nova safra de séries tem pior audiência da história da TV norte-americana

Divulgação/ABC

Cobie Smulders em Stumptown, série novata com o episódio de estreia mais visto da fall season 2019

Cobie Smulders em Stumptown, série novata com o episódio de estreia mais visto da fall season 2019

JOÃO DA PAZ

Publicado em 16/10/2019 - 5h26

Nunca a TV aberta norte-americana teve uma nova safra de séries com um desempenho tão fraco de audiência. Nenhuma das 12 atrações lançadas na semana de estreias da atual fall season teve o primeiro episódio visto por mais de 10 milhões de pessoas. Nem somando o público "ao vivo" com o de sete dias essa marca foi atingida.

A líder de audiência entre as atrações novatas foi Stumptown (da rede ABC), com o primeiro episódio assistido por 9,1 milhões de telespectadores nos Estados Unidos em sua primeira semana. No "ao vivo", a audiência foi de 4,6 milhões. 

Na temporada passada, quatro séries ultrapassaram a marca dos 10 milhões com o primeiro episódio "ao vivo": The Conners (da ABC, inédita no Brasil); Manifest (da NBC, disponível no Globoplay); God Friended Me (da CBS, exibida pela Warner); e FBI (da CBS, exibida no Universal TV). E na temporada 2017-2018, três séries superaram o patamar dos 10 milhões, The Good Doctor entre elas.

A TV aberta sempre teve sucessos de audiência indiscutíveis, sem deixar de lado uma trama de qualidade e empolgante, como This Is Us (em 2016), Empire (2015), How to Get Away with Murder (2014) e The Blacklist (2013). Desta vez, a audiência estrondosa não veio --o que não quer dizer que as séries dessa safra sejam ruins.

Atualmente, as opções de entretenimento são tantas que é difícil chamar a atenção do público e tirá-lo de outras distrações. Boa parte do entretenimento nos EUA perdeu espectadores, dos esportes à televisão. Especificamente sobre a TV, há também uma mudança de hábito, com cada vez mais gente deixando de ver a série convencionalmente, em seus televisores e na hora em que o programa vai ao ar.

Quase metade dos telespectadores que assistiram à estreia de Stumptown vieram após sua exibição original na ABC. Isso se repetiu com outras séries novatas dessa fall season, como Emergence (também da ABC) e Bluff City Law (da NBC).

divulgação/fox

Tom Payne, que foi o Jesus em The Walking Dead, é o protagonista do drama Prodigal Son


Mercado internacional e streaming

As redes de TV aberta só não entraram em desespero (ainda) por estarem cientes desse contexto. Elas acreditam no público atrasadinho, cada vez mais levado em consideração nas métricas de audiência, que alguma hora ou outra vai assistir às séries. Entra na equação também a venda das produções originais para plataformas de streaming e para o mercado internacional.

Dentro do último fator, Prodigal Son é um exemplo interessante. A série novata líder de audiência entre o público adulto (18 a 49 anos) é um dos produtos quentes na Mipcom, maior feira de TV do mundo, realizada nesta semana em Cannes, França.

Produção da Warner Bros. exibida nos EUA pela Fox, a boa Prodigal Son vai agradar ao streaming ou ao canal/emissora que estiver atrás de uma atração no estilo The Blacklist ou mesmo Dexter (2006-2013).

Estrelada por Tom Payne (The Walking Dead) e Michael Sheen (Masters of Sex), Prodigal Son está entre as candidatas a sensação da temporada 2019-2020. Com apenas dois episódios exibidos, a Fox encomendou mais capítulos, um voto de confiança. A primeira temporada terá 22 episódios, tamanho tradicional que uma temporada tem na TV aberta dos EUA.

Tanto Stumptown, estrelada por Cobie Smulders (How I Met Your Mother), quanto Prodigal Son receberam elogios dos críticos, assim como Emergence, Evil (CBS) e Mixedish. Fica um alento: para muitos especialistas, a atual safra de séries é melhor, no quesito qualidade, do que as da temporada 2018-2019.

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