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NÚMERO 1

Na Netflix, Emily em Paris é antídoto ideal para fugir da vida em quarentena

IMAGENS: DIVULGAÇÃO/NETFLIX

Com uma bela imagem de Paris ao fundo, Lily Collins sorri em cena da primeira temporada de Emily em Paris

A atriz Lily Collins na comédia Emily em Paris, nova série da Netflix que é a sensação do momento

JOÃO DA PAZ

joao@noticiasdatv.com

Publicado em 6/10/2020 - 6h50

O brasileiro obediente à quarentena vive desde março como a Dolores (Evan Rachel Wood) na série Westworld, em um loop sem graça do qual não há saída. Qualquer oportunidade de aliviar a rotina maçante é válida, e a comédia Emily em Paris, nova sensação da Netflix, é o antídoto certo. A atração é cheia de impossibilidades fantasiosas que causam um frescor na mente, com uma história alicerçada em como era boa a vida antes da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Criada por Darren Star (Sex and the City), Emily em Paris conseguiu ser totalmente finalizada antes de a quarentena paralisar as produções de entretenimento em todo o mundo. Então, as cenas vistas ali, com pessoas passeando em um parque e se aglomerando em um café (o antigo normal) são comuns. Eis um dos motivos que ajudaram a alavancar a série e fazê-la cair no gosto do assinante da gigante do streaming.

Emily em Paris é uma trama cheia de improbabilidades, carregada de utopias. O que não é problema algum, já que a proposta da série é justamente contar a jornada de uma personagem apoiada em uma licença poética quase irreal. Afinal, trata-se de uma comédia (ficção), não um documentário.

A jovem publicitária Emily Cooper (Lily Collins) trabalha em uma agência de marketing em Chicago e está preparada para assumir às rédeas da empresa porque a sua chefe, Madeline Wheeler (Kate Walsh), ficará um ano trabalhando em Paris em uma agência publicitária de luxo que faz parte do mesmo grupo. Porém, Madeline descobre que está grávida antes de partir e não pode mais assumir a vaga, passando de uma hora para a outra essa responsabilidade à Emily.

Já começam aí as situações quase impossíveis da série: quem dorme em um país e passa a trabalhar na França no dia seguinte, ainda mais sem saber falar francês? Mas esse justamente é o barato da comédia, que logo de cara mostra ao telespectador que a jornada será leve, despretensiosa, no pique de um filme da Sessão da Tarde, um conto de fadas moderno.

Lily Collins com a Torre Eiffel iluminada, ao fundo

Sozinha, Emily descobre que tem um vizinho gostosão (chef, ainda por cima). Sentada em um banco, esbarra com uma desconhecida babá chinesa, que fala um inglês perfeito, e as duas viram amigas. Dias depois, Emily se atrapalha em uma floricultura e é salva por uma francesa fluente em inglês, habilidade adquirida depois de muitas maratonas assistindo a séries americanas. E, repentinamente, a protagonista se torna uma influencer nas redes sociais.

Emily em Paris tem um descompromisso que vicia. A combinação de uma história bobinha e fofa, de mãos dadas com a bela paisagem de Paris e situações que apertam o coração do telespectador (há ali convites para festas, passeios noturnos sem destino definido, rotina no escritório). Fórmula que resultou em um sucesso imediato.

Lançada na última sexta-feira (2), Emily em Paris só entrou no top 10 de séries da Netflix 24 horas depois, atrás de Grey's Anatomy (e sequer figurou entre os dez programas mais vistos no geral). No domingo, virou a mais vista entre as séries e a segunda em toda a plataforma, atrás somente do filme Scooby Doo 2: Monstros à Solta (2004). E no dia seguinte se tornou a produção número 1 em toda a Netflix.

Por mais que seja superficial, Emily em Paris é uma série que merece ser vista e assistida --sem muito julgamento. Acompanhar os passos da jovem Emily é um deleite, fazendo jus ao que um produto de entretenimento deve fazer, causar uma distração do estresse diário. Afinal, para os dissabores e aflições da realidade, bastam os noticiários.


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