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TERCEIRA TEMPORADA

Michael Douglas supera ausência de Alan Arkin no fim de O Método Kominsky

Divulgação/Netflix

Michael Douglas e Morgan Freeman em cena da 3ª temporada de O Método Kominsky

Michael Douglas e Morgan Freeman em cena de O Método Kominsky; série estreia nesta sexta (28)

ANDRÉ ZULIANI

andre@noticiasdatv.com

Publicado em 27/5/2021 - 6h50

Comédia vencedora do Globo de Ouro em 2019, O Método Kominsky encerra a sua jornada na Netflix nesta sexta-feira (28), com a estreia de sua terceira e última temporada. Sem Alan Arkin, que decidiu não retornar para a última leva de episódios, coube a Michael Douglas e a uma série de convidados especiais a tarefa de segurar as pontas e superar a importante ausência. Para a alegria dos fãs, o resultado é satisfatório.

Em vez de diminuir a qualidade da série, o peso da ausência de Norman (Arkin) na vida de Sandy Kominsky (Douglas) serve para dar mais espaço para outras histórias do protagonista. Com a morte do melhor amigo, explicada logo nos instantes iniciais do terceiro ano, o professor de atuação tem de aprender a viver "apenas" com a presença de familiares e amigos.

Sem precisar dividir o protagonismo com Arkin, Douglas surfa no personagem como quem quer encerrar a jornada em grande estilo. Para ajudá-lo, o criador Chuck Lorre convocou nomes de peso como Morgan Freeman e o diretor Barry Levinson, que interpretam versões de si mesmos. Introduzidos no segundo ano, Kathleen Turner e Paul Reiser retornam com mais destaque à história.

Como a saída de Arkin já estava anunciada muito antes da confirmação de uma terceira temporada, Lorre teve tempo o bastante para saber como terminaria a história de Kominsky sem seu fiel agente ao lado. Por conta disso, a série parece caminhar de forma natural, com a morte de Norman sendo utilizada de maneira inteligente para continuar a trama do protagonista.

DIVULGAÇÃO/NETFLIX

Sandy (Michael Douglas) e Roz (Kathleen Turner)

Kathleen, que interpreta Roz, a primeira ex-mulher de Sandy, assume o papel de ser sua "parceira" com a mesma graça que Arkin. A química entre a atriz e Douglas funciona tanto que dá a impressão de que a personagem esteve ali desde o início.

Quem mais sofre com a saída de Alan Arkin é Phoebe, a personagem de Lisa Edelstein. A filha de Norman, que mostrou certa evolução no segundo ano, é renegada ao papel de pilantra interesseira. Com a morte do pai, ela se junta ao filho Robby (Haley Joel Osment) para infernizar a vida de Sandy e receber sua herança. A dupla pouco acrescenta e protagoniza os momentos mais sem graça da última temporada.

Outra ausência que também vai chamar a atenção dos fãs é a de Lisa, a paquera de Sandy vivida por Nancy Travis desde a primeira temporada. Por conta da crise do coronavírus, a atriz não conseguiu equilibrar os trabalhos na série com Last Man Standing (2012-2021), da qual fazia parte do elenco regular. No entanto, a introdução de Kathleen Turner também serve como contrapeso e faz com que o "desaparecimento" da personagem seja pouco sentido.

Em clima de fim de festa, O Método Kominsky não seria a mesma coisa sem refletir sobre a morte e a chegada do crepúsculo da vida. Lorre usa os seis episódios finais não apenas para encerrar a história da série, mas para assegurar que Sandy tenha uma jornada completa e que não pareça vazia. Como pai e como ator, ele atinge o seu ápice, o que dá a sensação ao espectador de dever cumprido.

Assista ao trailer legendado da terceira temporada O Método Kominsky:


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