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CRÍTICA

Mestres do Universo: Escanteado, He-Man não faz falta em remake da Netflix

Divulgação/Netflix

He-Man em cena da parte 2 de Mestres do Universo: Salvando Eternia

He-Man em cena da parte 2 de Mestres do Universo: Salvando Eternia; remake está de volta à Netflix

ANDRÉ ZULIANI

andre@noticiasdatv.com

Publicado em 26/11/2021 - 6h15

Mestres do Universo: Salvando Eternia causou polêmica quando estreou no catálogo da Netflix, em julho deste ano. Continuação da clássica animação de He-Man dos anos 1980, a nova série escanteou o protagonista para dar espaço às mulheres da franquia. Com a estreia da parte 2, a decisão mostrou-se acertada: o herói loiro não faz falta.

[Cuidado: spoilers de Mestres do Universo: Salvando Eternia abaixo]

Relevar a ausência de um dos personagens mais icônicos da cultura pop parece um delírio, mas o remake capitaneado por Kevin Smith se apressa para justificar a decisão criativa. Na série da Netflix, quem dá as cartas são as mulheres, e ninguém menos do Sarah Michelle Gellar (Buffy: A Caça-Vampiros) e Lena Headey (Game of Thrones) foram chamadas para cumprir a missão.

A liberdade que Smith teve para contar essa nova história é vislumbrada já no início da parte 1. Logo no primeiro episódio, o produtor executivo e roteirista eliminou do jogo He-Man (Chris Wood) e Esqueleto (Mark Hamill). Com os eternos rivais mortos, Teena (Sarah) e Maligna (Lena) se tornaram o fio condutor da trama principal.

A parte 2 começa logo após os eventos finais da anterior. Esqueleto roubou a Espada do Poder e tomou para si todo o poder oculto de Eternia que dá força ao jovem príncipe Adam para se transformar em He-Man. Novo todo-poderoso da terra mística, o vilão começa a contar as horas para ter a vitória contra o arquirrival assegurada.

DIVULGAÇÃO/NETFLIX

Teela é o principal destaque do remake

Teela é o principal destaque do remake

Com o príncipe Adam incapaz de se tornar He-Man, a esperança de salvar Eternia cai, mais uma vez, nos ombros de Teena. A dupla, seguida pelo tigre verde Pacato (Stephen Root) e pela guerreira Andra (Tiffany Smith), se une a antigos aliados e para derrotar as forças do mal e trazer paz ao universo.

O trabalho de Smith é impecável. O showrunner atualiza a trama de Mestres do Universo trazendo referências dignas ao material original, um tratamento que deixaria qualquer fã sem preconceitos de He-Man orgulhoso. Criou-se uma nova perspectiva para a franquia, e o remake avança em sua narrativa sem medo de correr riscos.

Sem esquecer suas origens, o remake entrega várias homenagens à série original sem parecerem gratuitas. Salvando Eternia expande a mitologia de He-Man de uma maneira que a atração dos anos 1980 jamais conseguiu fazer, feito que coloca a criação de Kevin Smith em um nível muito superior.

DIVULGAÇÃO/NETFLIX

He-Man enfrenta Esqueleto na parte 2

He-Man enfrenta Esqueleto na parte 2

A parte 2 torna seus personagens principais fortes como deuses, mas tão humanos como as pessoas que são. Suas decisões e atitudes têm consequências para si mesmos e para os outros. Por tudo isso e muito mais, o remake é uma série mais atual e madura do que a original jamais conseguiu ser.

No final, Salvando Eternia é capaz de agradar a fãs novos e antigos. He-Man não está no centro da trama, mas nem por isso deixa de ganhar o destaque merecido nos momentos finais --assim como Esqueleto. Em uma era de remakes, reboots e sequências, a Netflix e Kevin Smith dão uma aula de como resgatar uma franquia elevando a sua qualidade e sem deixar de lado o material original.

Assista ao trailer da parte 2 de Mestres do Universo: Salvando Eternia:


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