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Balanço Summer Season

Fiasco da Netflix e 'GoT do gueto': o pior e o melhor da temporada de séries

Divulgação/Netflix

A atriz Naomi Watts em cena da primeira e única temporada de Gypsy, fracasso da Netflix - Divulgação/Netflix

A atriz Naomi Watts em cena da primeira e única temporada de Gypsy, fracasso da Netflix

JOÃO DA PAZ

Publicado em 1/9/2017 - 5h14

A série Gypsy durou apenas 42 dias, tempo entre a estreia e o anúncio do cancelamento da produção da Netflix protagonizada por Naomi Watts. Foi o maior fiasco da summer season, a temporada de séries que estreiam entre junho e agosto. No outro extremo, o público ganhou boas novas produções no verão do Hemisfério Norte, como Room 104 e Snowfall, a 'Game of Thrones do gueto'.

O drama com Naomi, uma terapeuta que se envolvia com pessoas próximas de seus clientes, passou totalmente despercebido, mesmo sendo a estreia da atriz hollywoodiana como protagonista de uma série.

Com duas indicações ao Oscar no currículo, Naomi recebeu US$ 275 mil (R$ 869 mil) por cada um dos dez episódios de Gypsy. É um valor maior do que o pago pela ABC para a vencedora do Emmy e do Oscar Viola Davis para protagonizar How to Get Away With Murder.

A Netflix fez outra aposta com nomes de peso na comédia Friends From College, sobre um grupo de amigos quarentões vivendo em Nova York. A série até ganhou uma nova temporada, mas não foi bem recebida pelo público e pela mídia. No site Metacritic, que compila análises da imprensa norte-americana, ganhou nota 44 de 100, um ponto a menos do que a média de Gypsy.

divulgação/netflix

Os atores Keegan-Michael Key e Cobie Smulders em Friends From College; não rolou química

O ponto negativo de Friends From College é o desperdício de talento. A trama reúne bons atores com experiência em séries cômicas, como Keegan-Michael Key (Key and Peele) e Cobie Smulders (How I Met Your Mother), mas escorrega numa história sem graça. A esperança é que os novos episódios corrijam isso.

A vida ficcional de William Shakespeare também não caiu nas graças do público norte-americano. A série Will, da TNT, apresenta o jovem escritor inglês na luta para emplacar algum trabalho e sustentar a mulher e seus três filhos. O drama já perdeu metade de sua audiência desde a estreia, em 10 de julho, e tem média de apenas 390 mil telespectadores por episódio.

Sucesso
Série sobre a epidemia do crack nos anos 1980, Snowfall ganhou o apelido de "Game of Thrones do gueto" do próprio criador, o cineasta John Singleton. Ele fez essa comparação por achar o modelo de ambas as séries parecidas: tratam de histórias aparentemente distintas que têm uma conexão.

O drama do FX, exibido no Brasil pelo Fox Premium 2, já foi renovado para a segunda temporada. Entre os destaques do elenco está Damson Idris, ator britânico estreante na TV norte-americana com um afiado sotaque californiano, cheio de gírias.

Inédita no Brasil, Claws (TNT) fisgou até Stephen King. O famoso escritor revelou no Twitter que a série sobre cinco manicures é a sua nova obsessão. "Eu sou o fã oficial de Claws. Aquelas mulheres no salão de beleza detonam; e os desenhos que elas fazem nas unhas são insanos", escreveu King na rede social.

divulgação/tnt

Karrueche Tran exibe suas unhas estilosas, que casam com o estilo periguete, na série Claws 

De fato, Claws chama a atenção e é muito popular nas redes sociais. A atração é a melhor série estreante da TNT em um ano e meio. Somadas as multiplataformas do canal, a média de telespectadores por episódio é de 6,3 milhões.

Para quem é fã de tramas delirantes como Twin Peaks, a HBO fez uma série na medida. Room 104 traz uma história mais maluca do que a outra a cada episódio. O formato mais curto, 30 minutos por capítulo, é um ponto forte da atração, pois as reviravoltas ocorrem sem enrolação.

No quesito grandes atuações, uma menção precisa ser dada a Jessica Biel, estrela de The Sinner, do canal USA Network, o mesmo de Mr. Robot. A atriz retornou à TV 11 anos depois de sua participação na série familiar Sétimo Céu (1996-2007). Agora, está na pele de uma jovem que, do nada, esfaqueia um homem à luz do dia. O telespectador embarca na trama para descobrir o motivo de seu surto e, a cada episódio, vai montando esse quebra-cabeça.

Na TV paga dos Estados Unidos, The Sinner é a quarta colocada entre o público adulto, atrás apenas de Power (Fox Premium), Ballers e Game of Thrones (HBO).

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