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SÉRIE DA NETFLIX

Em Sintonia, representação das favelas no Brasil foge do 'padrão Globo'

DIVULGAÇÃO/NETFLIX

Bruna Mascarenhas, Jottapê ao lado de Christian Malheiros em cena de Sintonia

Bruna Mascarenhas, Jottapê e Christian Malheiros em Sintonia; série nacional foge do estereótipos

VICTOR CIERRO VIEIRA

victor@noticiasdatv.com

Publicado em 3/11/2021 - 6h15

Após o sucesso da primeira temporada, o segundo ano de Sintonia estreou na quarta-feira (27) na Netflix. Um dos diferenciais da série criada pelo produtor musical KondZilla é a representatividade das favelas: a produção foge dos estereótipos que marcam presença nas novelas da Globo e usa locações bem reais de São Paulo, como o bairro do Jaguaré, para trazer uma maior autenticidade.

Com o lançamento da segunda temporada, a série fez seu público lembrar como os cenários são fundamentais para a qualidade do produto final. Com diversas locações externas, a atração foge do ''padrão Globo''. A emissora constrói cenários herméticos nos Estúdios Globo (antigo Projac) que ficam muito distantes da realidade brasileira.

Criador do projeto ao lado de Felipe Braga e Guilherme Quintella, KondZilla não usa apenas o cenário para aproximar o seu conteúdo da realidade. Considerado o rei do YouTube no Brasil, o produtor musical explicou em 2019 para o Notícias da TV por que levou seu material para a Netflix:

Nós chegamos no topo global do YouTube, somos o maior canal de música do mundo, com 50 milhões de inscritos. Isso representa 24% da população brasileira, é muita coisa. E eu comecei a pensar: como é que eu posso romper a plataforma e buscar mais público? Sou muito grato pelo trabalho que fiz no YouTube, mas era hora de realizar conteúdo para o jovem de favela em outro lugar.

Cena da primeira temporada de Sintonia

Além de representar um público esquecido pelas principais produções nacionais, Sintonia evita os estereótipos do crime retratados no cinema, nas séries e nas novelas. Mesmo violentos, os personagens do tráfico têm suas motivações claras. No caso de Nando (Christian Malheiros), o jovem está disposto a fazer de tudo para conseguir o sustento para a família.

Sem KondZilla, a série não teria o mesmo impacto. E Rita Moraes, integrante da produtora Losbragas, parceira da Netflix e da Kond neste projeto, explicou o motivo: ''O atrativo do projeto era contar a história da comunidade sob o olhar de quem está ali. Não somos nós, elite, tentando fazer isso com a nossa visão de fora. Tem muita verdade no projeto, e isso faz toda a diferença''.

2ª temporada de Sintonia

A segunda temporada de Sintonia retorna com a mesma velocidade insana dos episódios de 2019. Enquanto acompanha a vida de Rita (Bruna Mascarenhas), Doni (Jottapê) e Nando (Malheiros), a série mostra todos os desdobramentos do primeiro ano.

Na trama, Rita está cada vez mais devota à Igreja Evangélica. Após achar um propósito na religião, a personagem de Bruna começa a participar de ações voluntárias na instituição. Lá, a protagonista conhece Levi (Bruno Gadiol), o filho do pastor.

Depois de fazer sucesso, Doni tenta manter os pés no chão e também emplacar novas músicas nas paradas. Com reconhecimento, o funkeiro conhece dois famosos artistas brasileiros, Alok e Kevinho, além de fazer uma colaboração com a MC Luzi (Fanieh).

Bruna e Fernanda Viacava na favela

Por sua vez, Nando tem novas responsabilidades como chefe do tráfico. Agora, o jovem precisa conciliar os compromissos da loja de drogas com o dever familiar. Sua mulher, Scheyla (Julia Yamaguchi), está grávida mais uma vez.

Os novos desafios obrigam os protagonistas a enfrentarem um processo necessário de amadurecimento. Com isso, o público fica mais intrigado na vida dos personagens, o que gera mais empatia sob o grupo de amigos.

Assista abaixo ao trailer da segunda temporada de Sintonia:


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