MOZART IN THE JUNGLE
Divulgação/Amazon
Gael García Bernal em cena da série Mozart in the Jungle: mexicano já está em um novo projeto
REDAÇÃO
Publicado em 7/4/2018 - 13h39
A Amazon cancelou a comédia dramática Mozart in the Jungle, estrelada por Gael García Bernal e premiada com dois Globos de Ouro (melhor série e melhor ator) em 2016. A decisão faz parte de uma nova política da empresa, de investir em projetos grandiosos e que atraiam novos assinantes.
Lançada em 2014, Mozart teve quatro temporadas: a mais recente chegou ao Prime Video, serviço de streaming da Amazon, em fevereiro deste ano. A série contava a história da relação do regente da Orquestra Sinfônica de Nova York (vivido por Bernal) como uma tocadora de oboé (Lola Kirke).
"Nós estamos muito orgulhosos das quatro temporadas que fizemos e agradecidos ao elenco, à equipe, aos fãs e a Amazon por escreverem essa sinfonia juntamente conosco. Esperamos que as pessoas continuem descobrindo a série nos anos que estão por vir", disseram os produtores Paul Weitz, Roman Coppola, Jason Schwartzman e Will Graham em um comunicado conjunto.
O cancelamento parece ter ocorrido de forma amigável, já que a Amazon e Graham já estão até trabalhando juntos em um novo projeto: uma adaptação para a TV do filme Uma Equipe Muito Especial (1992), sobre um time de beisebol feminino. O longa contou com Madonna, Tom Hanks, Geena Davis e Rosie O'Donnell.
Gael García Bernal também já está envolvido com uma nova série: ele criou e estrela Aquí en la Tierra, uma produção do braço latino da Fox. A trama mostrará os segredos de uma das famílias mais importantes do México, envolta em crimes e mistérios.
Mozart não é a primeira queridinha da crítica cortada pela Amazon. Em janeiro, a plataforma de streaming anunciou o fim de I Love Dick, série com Kevin Bacon indicada ao Globo de Ouro. Foi cortada poucos dias após a derrota na premiação.
A Amazon não faz segredo de que seu futuro está em séries grandiosas: em novembro, a plataforma anunciou um investimento de cerca de US$ 1 bilhão (R$ 3,2 bilhões) para transformar os livros de Senhor dos Anéis em uma superprodução, que siga a linha de Game of Thrones. Só para comprar os direitos de adaptação da obra, a companhia desembolsou US$ 250 milhões (R$ 804 milhões).
Quando a produção estrear, será de longe a série mais cara da TV. Um levantamento do site britânico Verdict indica que cada episódio deve custar cerca de US$ 20 milhões (R$ 62 milhões), contra os US$ 13 milhões (R$ 41 milhões) que a Netflix investe em cada capítulo do drama histórico The Crown.
As mudanças na política da Amazon são fruto do regime da executiva Jennifer Salke, que assumiu a empresa após a demissão de Roy Price, acusado de assédio sexual.
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