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The Crown

Série de R$ 400 milhões mostra barracos da família real britânica

Divulgação/Netflix

A atriz britânica Claire Foy interpreta a rainha Elizabeth em The Crown, nova série da Netflix - Divulgação/Netflix

A atriz britânica Claire Foy interpreta a rainha Elizabeth em The Crown, nova série da Netflix

JOÃO DA PAZ

Publicado em 4/11/2016 - 5h12

A família real mais poderosa do mundo ganhou uma versão que escancara seus bastidores não muito nobres. The Crown, superprodução de US$ 124 milhões (R$ 400 milhões), humaniza a biografia da rainha da Inglaterra, Elizabeth II, de 90 anos. E mostra um outro lado da Casa de Windsor. O drama conta como Elizabeth Alexandra Mary (Claire Foy), filha de George VI (Jared Harris), o rei gago, deixou de ser princesa para virar a comandante do Império Britânico, numa ascensão marcada por desavenças e barracos típicos de uma família plebeia.

Com dez episódios, a primeira temporada de The Crown, que estreia nesta sexta (4) na Netflix, tem como ponto de partida o casamento de Elizabeth com Philip Mountbatten (Matt Smith), o duque de Edimburgo, em 20 de novembro de 1947, e termina dez anos depois. Cada temporada da série trará uma década da vida da mãe do príncipe Charles.

A entrada de Philip na família real britânica foi cheia de controvérsias. Primo de segundo grau da então futura rainha, ele não tinha muito dinheiro rico e era considerado estrangeiro, por ser filho de pai grego. Suas três irmãs não foram convidadas para o casamento porque eram casadas com nobres alemães, supostamente nazistas.

Pouco mais de quatro anos após o matrimônio, o rei George VI morreu e Elizabeth foi nomeada rainha. A mudança afetou Philip, que se incomodava com o fato de não poder mais andar ao lado da mulher _tinha de ficar sempre atrás. O casal discutiu, e a série reconstitui os diálogos.

divulgação/netflix

Vanessa Kirby faz a princesa Margaret, a irmã atrevida da rainha Elizabeth, em The Crown

Tabu
Enquanto Elizabeth se casava e ganhava a coroa, sua irmã ficava cada vez mais afastada da rotina de sua família. Alvo preferido dos paparazzi da época, a princesa Margaret (Vanessa Kirby) tinha uma vida social ativa e não saía das colunas sociais. Ela protagonizou um grande escândalo quando vazou para a imprensa a notícia de que iria se casar com um homem divorciado. Os jornais detonaram a ideia e taxaram o caso como um "romance real que coloca a monarquia em risco".

Mas Elizabeth tinha um reino para gerenciar. Ela fazia reuniões semanais com o primeiro-ministro Winston Churchill (John Lithgow, de 3rd Rock From the Sun), e eles discutiam sobre tudo, incluindo qual deveria ser o sobrenome do marido dela.

A rainha procurava não se intimidar frente ao experiente governante e evitava ceder às suas pressões. Elizabeth era bem avaliada pela classe política, por ser progressista e contemporânea, ao contrário do conservador Churchill.

Os atores Claire Foy e Matt Smith em The Crown

Figurino real
O luxo do figurino de The Crown chama a atenção. Quem assina as roupas da série é Michele Clapton, vencedora de Emmy e conhecida pelo trabalho em Game of Thrones, da HBO. Em entrevista para o site Fashionista, a figurinista contou que buscou ser muito fiel à história. Basicamente, ela replicou o que foi documentado em fotos.

Só na primeira temporada, foram usadas cerca de 7.000 roupas, das quais 350 feitas foram feitas à mão. Algumas peças tiveram de ser adquiridas nos Estados Unidos, de mulheres que viveram no período logo após a Segunda Guerra Mundial.


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