NOS BASTIDORES
Fotos: Divulgação
Brad Pitt no filme Máquina de Guerra e Tom Hanks em O Círculo: do cinema para os bastidores da TV
Astros do cinema descobriram a televisão como uma nova forma de ganhar dinheiro e prestígio. Mas, enquanto atrizes premiadas como Julia Roberts, Nicole Kidman e Meryl Streep tiveram papéis em séries, Brad Pitt e Tom Hanks estão aumentando sua renda nos bastidores, trabalhando como produtores de atrações nas quais sequer precisam dar as caras.
Indicado a três Oscars de atuação e vencedor da estatueta como produtor do filme 12 Anos de Escravidão, Pitt está por trás do drama The OA, da Netflix. Os roteiros da série bissexta, cuja primeira temporada foi lançada em 2016 e com o segundo ano ainda em produção, caíram nas mãos do ator e ele se encantou imediatamente.
"Brad leu os episódios e achou interessante, fora do comum. Como ator, ele gosta de correr riscos, escolhe papéis que são desafiadores. Então acho que, para ele, se envolver com The OA fazia sentido, e ele entrou com todo o apoio que a gente precisava", contou Brit Marling, criadora e protagonista da série, à revista People.
Já Tom Hanks foi um dos primeiros atores a ver potencial na produção de séries: há mais de uma década, ele apostou em Big Love (2006-2011), drama da HBO sobre um mórmon casado com três mulheres diferentes. Mais do que apenas emprestar seu nome para a equipe, Hanks batalhou pela atração. Foi ele que convenceu Bill Paxton (1955-2017), seu amigo desde o filme Apollo 13 (1995), a fazer o protagonista.
Diversificar o ganha-pão é uma saída para os atores em uma época em que o cinema tem investido cada vez menos em grandes produções (que não sejam longas de super-heróis ou franquias de sucesso). Acostumado a ganhar US$ 20 milhões por filme, Pitt teve apenas um papel no ano passado: uma ponta rápida em Deadpool 2.
Ele se preparava para estrelar Guerra Mundial Z 2, continuação da aventura zumbi lançada em 2013. Mas, no início do mês, a produção foi abortada por falta de dinheiro: o investimento seria grande demais para bancar a produção. Resta então, dedicar mais tempo para a televisão, mesmo que nos bastidores.
divulgação/abc
Debbie Allen com Jesse Williams em Grey's Anatomy: atriz é produtora e diretora do drama
Com duas indicações ao Oscar no currículo, a mais recente em 2011, Mark Wahlberg também vive um momento de redefinição da carreira. Entre comédias bobinhas e longas repletos de explosão, encontra um tempinho na agenda para produzir séries.
O ator começou a investir na TV com Entourage: Fama e Amizade (2004-2011), comédia baseada na própria vida. Deu tão certo que não parou mais. Produziu também In Treatment (2008-2010), Boardwalk Empire (2010-2014), Shooter (2016-2018) e, atualmente, está por trás de Ballers, com Dwayne "The Rock" Johnson.
De Lost para o hospital
Maior sucesso da TV norte-americana na temporada 2017-2018, o drama médico The Good Doctor também tem um rosto conhecido por trás das câmeras: o ator Daniel Dae Kim, o coreano Jin da série Lost (2004-2010).
Kim, inclusive, aproveitou o sucesso da série para reerguer sua carreira principal: na noite de ontem (18), ele fez sua primeira de quatro aparições em Good Doctor, depois de quase dois anos fora do ar. Na pele do novo chefe de cirurgias do hospital, baterá de frente com o médico Shaun Murphy (Freddie Highmore).
Outra atriz que se divide entre o trabalho atrás das câmeras e aparições esporádicas na série é Debbie Allen, uma das produtoras de Grey's Anatomy. Ganhadora do Globo de Ouro por seu trabalho na série Fama (1982-1987), Debbie tem batido ponto de vez em quando no drama médico como a renomada cirurgiã Catherine Avery, mãe de Jackson Avery (Jesse Williams). Ela também dirigiu 19 episódios da atração.
Já a atriz e cantora Jennifer Lopez gostou tanto de produzir o drama familiar The Fosters (2013-2018) que acabou aceitando o convite da NBC para estrelar a série policial Shades of Blue (2016-2018), sua volta à TV depois de mais de 20 anos. Atualmente, ela está nos bastidores de Good Trouble, derivada de Fosters. Ao seu lado na produção, outro ator: Peter Paige, o Emmett de Queer as Folk (2000-2005).
© 2024 Notícias da TV | Proibida a reprodução
Mais lidas
Política de comentários
Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.