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Crise diplomática

Coreia do Norte pede censura em série britânica sobre espionagem

Divulgação/KCNA

O ditador norte-coreano Kim Jong-un recebe saudação de seus compatriotas em desfile militar - Divulgação/KCNA

O ditador norte-coreano Kim Jong-un recebe saudação de seus compatriotas em desfile militar

JOÃO DA PAZ

Publicado em 1/9/2014 - 12h31

O jornal britânico The Guardian desta segunda (1º) traz declarações do governo da Coreia do Norte pedindo que o governo do Reino Unido censure a série Opposite Number, do Channel 4. O posicionamento da ditadura norte-coreana é claro: se o Reino Unido quiser manter relações diplomáticas, é necessário interferir na trama da série, que aborda o mundo da espionagem e de armas nucleares do país asiático.

Opposite Number foi anunciada pelo Channel 4 no festival de TV de Edimburgo, ocorrido entre os dias 21 e 23 do mês passado. A série, programada para ter dez episódios, trata de uma missão à paisana de um cientista nuclear britânico na Coreia do Norte. Ele é descoberto e vai preso. A detenção gera uma crise internacional. O governo britânico solicita ajuda dos Estados Unidos, temendo que o cientista seja forçado a trabalhar no projeto nuclear da Coreia do Norte.

Quem se posicionou diretamente contra Opposite Number foi a Comissão Nacional de Defesa, principal órgão militar do governo norte-coreano. O comunicado, divulgado pela Agência Central de Notícias da Coreia no último domingo (31), diz que a série "nada mais é do que uma conspiração, passando uma imagem errada da República Democrática Popular da Coreia (RDPC), pois a história é baseada em absolutas mentiras para dar a impressão de que o valioso programa nuclear da RDPC foi construído ao se 'apropriar ilegalmente' de tecnologia britânica".

A nota ainda afirma que o "propósito do programa é dizer ao mundo que a RDPC é o 'país mais fechado do mundo' e a 'maior ameaça' ao Ocidente".

Na base do terror

Desde a divisão da península coreana em 1948, a Coreia do Norte se declara uma nação autossuficiente. Lá há um culto exacerbado à personalidade dos chefes de Estado, atualmente manifestado em Kim Jong-un, 31, líder maior do país há três anos. Por insistir em fazer testes com armas nucleares, a Coreia do Norte sofre embargo econômico, tipo de castigo que bloqueia transações comerciais com o país.

Kim Jong-un é conhecido por ameaçar países vizinhos com ataques nucleares. Em 2013, intimidou os EUA enquanto a ONU (Organizações das Nações Unidas) estudava mais uma punição por novos testes nucleares. No primeiro dia de 2014, ele retomou a advertência ao governo norte-americano. No dia 29 de junho deste ano, a Coreia do Norte lançou misseis no Mar do Japão, alertando autoridades japonesas.


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