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GAFE NA APPLE

Cerveja brasileira ganha merchan gratuito em série com ator de Game of Thrones

REPRODUÇÃO/Apple TV+

O ator Jason Momoa é o protagonista do drama See, um dos lançamentos do Apple TV+

O ator Jason Momoa é o protagonista do drama See, um dos lançamentos do Apple TV+

LUCIANO GUARALDO

Publicado em 6/11/2019 - 12h57
Atualizado em 6/11/2019 - 16h55

A série See, uma das produções que marcou o lançamento do Apple TV+ na última sexta (1º), virou motivo de piada entre brasileiros. É que o terceiro episódio da atração estrelada por Jason Momoa (o Khal Drogo de Game of Thrones) conta com o áudio de um vendedor ambulante oferecendo "Skol latão" em uma cena de confraternização entre os personagens de uma tribo pouco civilizada. Um merchandising gratuito e bem fora de contexto.

"Skol latão, Skol latão aqui! Skol aqui", grita um homem com sotaque carioca, enquanto uma personagem passeia pelo cenário destruído da série. A história se passa em um futuro distante, pós-apocalíptico, em que a humanidade perdeu a visão e todos precisaram se adaptar à vida no escuro. Tudo muda quando a mulher do líder guerreiro Baba Voss (Momoa) dá à luz gêmeos que conseguem enxergar.

Um internauta de apelido FireLume pode ter desvendado o mistério do áudio fora de lugar. É que a palavra skål, de pronúncia similar à da marca de cerveja, é o termo usado por noruegueses no momento de brindes --seria o nosso "saúde" ou "tintim". O responsável por sonorizar a cena pode ter buscado "skal" em um banco de sons e se deparado com a gravação brasileira.

Confira a cena em que a Skol faz uma "aparição" no futuro devastado:

A Skol publicou em vídeo em suas redes sociais aproveitando a repercussão da gafe gringa. No clipe, um funcionário da marca brasileira agradece a Apple pela divulgação da cerveja em uma série exibida no mundo todo. "E pra dar uma força aí, estamos mandando um carregamento de Skol Latão pra Califórnia. Mas ó, se for dirigir não beba, hein", escreveu o responsável pelo Twitter da bebida, que ainda marcou o perfil de Francis Lawrence, diretor do episódio. Confira a resposta:

Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Apple TV+ informou que não vai se pronunciar sobre a gafe em uma de suas principais séries.

Além da gafe que virou zoeira, See também está sendo detonada pela crítica. Até o momento, a atração tem nota 37 (de um máximo de 100) no Metacritic, site que compila resenhas de vários jornalistas norte-americanos. É o pior resultado entre os quatro lançamentos originais do Apple TV+.

A revista Time não mediu palavras ao dizer que o roteiro de See é um "completo desastre", em texto assinado pela jornalista Judy Berman. Para a prestigiada Variety, o drama é "um desperdício e chato", uma produção que custou US$ 15 milhões (R$ 60 milhões) por episódio.

A TV Guide só aumentou a dose de rejeição ao dizer que See é "confusa, com atuações péssimas, personagens sem profundidade, cenas de ações bregas. Nada funciona". E a CNN, em texto do veterano Brian Lowry, foi cruel: "Dizer que See não vale a pena ser vista [um trocadilho com o nome da série] é muito fácil".

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