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TAÍS ARAUJO E LÁZARO RAMOS

À beira de um ataque de nervos em Amor & Sorte, atores vestem a carapuça: 'Igual'

ESTEVAM AVELLAR/TV GLOBO

A atriz Taís Araujo caracterizada como Tábata segura uma almofada como se fosse sufocar Lázaro Ramos, o Cadu, em cena de Amor e Sorte

Taís Araujo e Lázaro Ramos vivem casal em crise durante a pandemia em Amor & Sorte

DANIEL FARAD, do Rio de Janeiro

Publicado em 15/9/2020 - 7h10

Em Amor & Sorte, Taís Araújo e Lázaro Ramos interpretam um casal à beira de um ataque de nervos em meio à pandemia de coronavírus (Covid-19). Os atores, aliás, brincam que qualquer semelhança entre eles e seus personagens não é mera coincidência. Os dois também tiveram os seus momentos de loucura durante o confinamento.

"Só acrescenta duas crianças na vida real", brinca o ator, em referência aos filhos João Vicente e Maria Antônia, de nove e cinco anos, respectivamente. "Eu estava tão igual a Tábata que fiquei encantada com os roteiros. Retrata esse momento em que todo mundo estava à flor da pele, muito acima do tom", avalia a artista.

O episódio Linha de Raciocínio mostra justamente como as pessoas foram tragadas pelas turbulências sociais e políticas, influenciadas por uma experiência que parecia ter ficado no passado --a última pandemia que assolou a humanidade foi a gripe espanhola em 1918.

"O confinamento forçado leva as emoções ao extremo, e nós vivenciamos conflitos antes inimagináveis sobre os assuntos mais prosaicos. Na história, acompanhamos como um casal reage a um panelaço, transformando uma crise política numa crise matrimonial. Vemos a dor e o ridículo disso", diz Alexandre Machado, que assina a produção ao lado de Jorge Furtado.

As gravações, inclusive, ajudam Taís e Lázaro a colocarem a cabeça em ordem. "Tudo o que eles fazem na série, eu era capaz de fazer na vida real", diz o intérprete de Cadu. "No estado que eu estava, era capaz de tudo sim. O texto do Alexandre me levou para um lugar de descoberta. Foi um remédio", completa a atriz.

Melhor remédio

Jorge Furtado crê que o episódio também tenha certas "propriedades terapêuticas" para ajudar o público a superar os momentos mais árduos da crise sanitária. "Não dá para viver sem arte. Ela é capaz de curar as nossas ansiedades e medos", pondera ele, em consonância com Alexandre. "Fazer piada é o primeiro passo para a cura do trauma", diz o escritor.

A série, aliás, é o primeiro projeto de Machado sem a habitual parceria com a mulher Fernanda Young (1970-2019), vitimada por uma parada cardiorrespiratória provocada pela asma. Há uma dedicatória breve à autora no final do episódio.

“Conhecer Fernanda foi a melhor coisa da minha vida. Em todos os sentidos. Amorosamente, profissionalmente, espiritualmente, existencialmente. Ninguém aproveitou mais do que eu. Foram 25 anos casados. Muita sorte, realmente. Escrevi o texto para ela”, conta o roteirista.

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