Autor de Game of Thrones defende estupros: 'Faz parte da guerra'

Autor do livro que inspirou Game of Thrones e um dos produtores-executivos da série, o escritor George R. R. Martin defendeu a violência contra as mulheres apresentada no drama da HBO, que vem sendo alvo de críticas por ser excessiva. Em entrevista publicada hoje (3) no site Entertainment Weekly, Martin afirmou que "o estupro faz parte da guerra".

"Assim, se você escreve sobre uma guerra e inclui as incríveis batalhas, os épicos heróis e exclui [a violência sexual], então há algo fundamentalmente desonesto nesse produto. [O estupro] não é um bom exemplo da humanidade, mas acho que não devemos fingir que não existe", disse o autor de As Crônicas de Gelo e Fogo.

Estupros fazem parte do roteiro de Game of Thrones desde a estreia, em 2011. Há duas semanas, o assunto voltou à tona com a exibição do sétimo episódio da quinta temporada. Uma das personagens mais queridas pelo público, Sansa Stark (Sophie Turner) foi obrigada a ter relações sexuais com Ramsay Bolton (Iwan Rheon).

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Eles tinham acabado de se casar, mas o ato sexual foi violento e humilhante para a mulher. Sansa era virgem e Ramsay forçou uma terceira pessoa, Theon Greyjoy (Alfie Allen), a assistir a defloração. A sequência gerou protestos de telespectadores e forçou Martin a se explicar.

"Os livros [que inspiram Game of Thrones] refletem a sociedade patriarcal da Idade Média. Na época, não existia igualdade sexual e havia um pensamento bem claro sobre o papel da mulher", justificou Martin ao site.

Segundo Martin, muitas feministas o elogiam pela relevância e caracterização que dá a personagens como Cersei Lannister (Lena Headey) e Daenerys Targaryen (Emilia Clarke), que exercem papéis de líderes. 

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