Ilha dos boys lixo: Reality de pegação da HBO Max expõe o pior lado dos homens

Estar em uma ilha particular com 24 homens solteiros, bonitos, sarados e disponíveis para "usar" quando quiser pode ser o sonho de muitas pessoas --ou até mesmo o enredo de um conto erótico. A HBO Max usou essa ideia para lançar seu reality show de pegação: o FBoy Island, que reúne homens dispostos a encontrar o amor de suas vidas, misturados a um monte de "boys lixo", que só querem iludir e tomar os cachês de suas pretendentes no final do jogo.

Antes de explicar a dinâmica, é importante dizer o significado do termo "fboy", que dá nome ao programa: é a contração de "fuck boy", uma gíria usada para designar aquilo que chamamos de "boy lixo". Nos Estados Unidos, as mulheres classificam dessa maneira os rapazes que não as respeitam e que não estão interessados em compromisso, mas são capazes de seduzir e iludir o alvo somente com o propósito final de levá-lo para a cama. Em alguns casos, a expressão também é usada para definir misóginos.

O FBoy Island funciona da seguinte maneira: três belas mulheres, solteiras e independentes, estão em busca de um relacionamento sério. Elas são colocadas em uma ilha paradisíaca com 24 rapazes lindos e encantadores. Porém, metade do grupo é composta de "boys lixo", e a outra metade de "caras legais", que estão com os mesmos objetivos das protagonistas.

DIEGO LOZANO

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CJ Franco, Sarah Emig e Nakia Renee são as protagonistas do reality show FBoy Island

Mas a grande questão do jogo é que os rapazes não podem identificar a qual grupo pertencem. Eles não podem nem mesmo compartilhar entre si o segredo. O objetivo do jogo é conquistar o coração de uma das garotas. Se no final elas escolherem um "boy lixo" como seu par ideal, o rapaz ganha um cachê de US$ 100 mil. Mas se decidirem ficar com um "cara legal", o prêmio será delas.

As beldades que foram em busca de um amor verdadeiro são CJ Franco, Nakia Renee e Sarah Emig. Elas são apresentadas logo de cara como mulheres fortes e especialistas em farejar boys lixo. Mas isso, ao longo do reality, não as impede de meter os pés pelas mãos e se deixarem seduzir por alguns dos conquistadores que só querem saber do dinheiro.

Ao final de cada episódio, elas são obrigadas a eliminar três homens. E é somente após definir quem sai do jogo que elas descobrem se tiraram um boy lixo ou um cara legal.

De antemão, o público já é informado sobre as personalidades de alguns rapazes que se destacam no jogo. E a maneira como todas as mulheres, sem exceção, se deixam levar pelas lábias dos fboys é de causar irritação. Por diversas vezes, sem saberem, elas desprezam os caras com quem deveriam estabelecer uma real conexão e caem no papo dos mentirosos.

Ao longo de dez episódios, é possível se divertir com o comportamento esdrúxulo dos brutamontes e também suas maneiras fúteis de ver o mundo. Ainda dá para ficar com raiva não somente dos homens, mas também das mulheres, que se mostram pouco inteligentes na arte de identificar quem destruirá seus corações.

Com tanta testosterona reunida e uma abstinência sexual gritante, as brigas são inevitáveis. Por diversas vezes, os homens quase vão às vias de fato e tomam diversos sermões das mulheres. Vários deles são humilhados --merecidamente-- pelos erros que cometem no jogo.

Outro ponto positivo é o reality paralelo que é feito com os eliminados. Os rapazes legais vão para uma mansão e usufruem de uma estrutura de hotel cinco estrelas, enquanto os jogadores vão para o "limbro", que nada mais é que um limbo para os boys lixo, uma péssima instalação na praia onde passam por uma terapia de choque para lidarem com seus comportamentos.

O reality show é cheio de reviravoltas, com muitas surpresas em cada episódio. Confira o trailer legendado:

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