GRAG QUEEN
DIVULGAÇÃO/PARAMOUNT+
Grag Queen é a apresentadora do Drag Race Brasil; cantora evita ler ataques de fãs do reality
Após anos de especulações, fãs brasileiros da franquia Drag Race finalmente podem comemorar. A versão tupiniquim do reality show estreou no Paramount+, e a escolhida para comandar a competição foi Grag Queen, que ganhou notoriedade ao vencer o Queen of the Universe --dos mesmos produtores da atração liderada por RuPaul. Apesar da grande expectativa para o programa, a artista não esconde sua frustração com os ataques de alguns telespectadores.
Em entrevista exclusiva ao Notícias da TV, Grag descreve o fã-clube de Drag Race como uma "faca de dois gumes". A cantora afirma que o pedido incansável do público brasileiro para que a franquia chegasse ao país foi o que contribuiu para a produção do programa. No entanto, o comportamento violento de parte do público também pode causar o fim do mesmo. "Para mim, não faz sentido ver as pessoas falando mal. Não faz sentido quererem botar uma cereja em cima de um bolo que já está pronto", diz a artista.
Grag canta desde os 15 anos. Ao participar da primeira temporada do reality Queen of the Universe, em 2021, a artista viu seu engajamento se multiplicar. Ela explica que, devido às suas experiências, já se sente blindada contra os ataques. Mas algumas críticas afetaram membros da equipe do Drag Race.
"Eu, graças a muita terapia, isso não me pega tanto. Mas já pegou minha equipe, minhas filhas, já pegou os jurados. Eu digo: 'Amiga, é isso, a gente está na chuva para se molhar'", reflete.
A apresentadora confessa que, no período em que acompanhava o reality gringo pelas redes sociais, chegou a direcionar ataques às participantes. Aos poucos, tomou ciência sobre a toxicidade de seus atos e os deixou para trás.
Grag salienta que muitos membros da comunidade LGBTQIA+ não estão acostumados com o afeto. Por tal motivo, acabam por destilar o ódio. "Somos crescidas em uma linguagem violenta. Às vezes, a gente não é coberta de afeto na escola ou dentro de casa."
"Você só dá o que você tem, e tem gente que só tem maldade, que não fez terapia para entender. Porra, eu não preciso ser tão amargurada, eu não preciso ver o copo sempre meio vazio. Eu entendo, já fui assim", continua.
A gente lê [os ataques], a gente se sente mal. É ruim, é horrível. Bate na gente. O que eu falo para minha equipe e para as pessoas é: 'Não leiam'. Não existe doses seguras de toxicidade. Simplesmente não consuma.
A bancada de júri do Drag Race Brasil é composta pela humorista Bruna Braga e pelo estilista Dudu Bertholini. Grag diz que não os conhecia pessoalmente antes das gravações. Mas, mesmo assim, a sintonia do trio foi imediata.
A apresentadora enaltece a troca com os jurados. Por meio de um grupo no WhatsApp, chamado Juradas de Morte, o trio fortalece a conexão. "Mandamos meme, falamos tudo o que não podemos falar fora [do grupo]", revela.
"A gente se acolhe. Então tem sido uma relação muito gostosa", complementa. "Gente que se acolhe, que se ama, que respeita o trampo e o corre um do outro. Eu não poderia estar melhor acompanhada nessa missão doida que é ser apresentadora do Drag Race Brasil."
Os três primeiros episódios de Drag Race Brasil estão disponíveis no Paramount+. No programa, dez artistas competem pelo prêmio de R$ 150 mil. Assista ao trailer:
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