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Análise | Pecado Mortal

Pecado Mortal chega ao capítulo 100 e sofre com descaso da Record

Michel Angelo/TV Record

Fernando Pavão (Carlão) e Betty Lago (Stella) em cena de Pecado Mortal, novela da Record - Michel Angelo/TV Record

Fernando Pavão (Carlão) e Betty Lago (Stella) em cena de Pecado Mortal, novela da Record

RAPHAEL SCIRE

Publicado em 12/2/2014 - 19h14
Atualizado em 13/2/2014 - 5h47

Não tem jeito, Pecado Mortal chega ao capítulo 100, inicia sua terceira e última fase e até agora a audiência não deu sinal de que atingirá os dois dígitos tão sonhados pela Record. Desde que estreou, em setembro do ano passado, a novela pena por erros de estratégias da própria Record, como a troca de horário (que devia ter acontecido muito tempo antes, não só agora) e, mais recentemente, a baixa do diretor-geral, Alexandre Avancini, para assumir o projeto de segundo horário de dramaturgia da emissora.

Carlos Lombardi deu declarações dizendo que a Record não prioriza a dramaturgia e, de certo modo, foi atendido pela alta cúpula. Ironicamente, teve de abrir mão de seu diretor para isso. A situação de Pecado Mortal foi complicada ainda mais pela saída repentina de Mel Lisboa (Marcinha), que obrigou autor e equipe a reescreverem cenas e mudarem os rumos de Marcinha e outros personagens ligados a ela.

Fora isso, são poucas as chamadas da novela nos intervalos comerciais. A explicação é o atraso na finalização dos capítulos, que chegam para a geração poucas horas antes de a novela ir ao ar. Só por aí já se tem uma ideia da bagunça que a falta de planejamento da emissora provoca.

É realmente uma pena o descaso com que a emissora tratou uma de suas melhores produções até hoje. Texto ágil, diálogos inspirados e repletos de ironia, personagens bem desenhados pelo autor e bem defendidos pelos intérpretes e uma direção cinematográfica que acompanha a agilidade da trama. Nada disso, porém, foi suficiente para alavancar a audiência de Pecado Mortal.

As reviravoltas que Lombardi criou impediram que a história sofresse de um mal comum ao gênero: as entediosas barrigas. Tanta agilidade poderia confundir o telespectador, mas o autor foi esperto ao apostar nos flashbacks constantes. Assim, a novela cumpre lá sua cota de reiteratividade, fica bem explicadinha, sem contudo ser didática.

Também é visível o empenho do elenco em passar veracidade a seus personagens. Jussara Freire e Victor Hugo, Donana e Picasso, os grandes vilões da novela, destacam-se e centralizam a maioria das cenas de tensão da atual fase. O ressurgimento de Stela (Beth Lago) trouxe novo respiro, embora a ausência da personagem tenha sido sentida pelos telespectadores.

É interessante notar também a virada da personagem de Paloma Duarte, Doroteia, que antes tinha ares de vilã impiedosa e agora age como uma mulher apaixonada e capaz de tudo pela atenção de Carlão (Fernando Pavão), formando a outra ponta do triângulo amoroso central com Patrícia (Simone Spoladore).

O humor, principal característica de Lombardi, se faz pouco presente, mas nesse terreno é Ilana (Bianca Byington) quem rouba a cena toda vez que aparece. Psicóloga que se acha artista, não tem onde cair dura, mas não perde a pose. Suas frases são hilárias e o tom que a atriz dá à personagem a deixa ainda mais engraçada.

Por tudo isso, Pecado Mortal tinha tudo para ser uma excelente novela. É de se lamentar somente que tenha sido tratada com tanto desdém pela emissora. A essa altura do jogo, não é exagero afirmar que dificilmente ela emplacará um gol na audiência.

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