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Crítica | Em Família

Com elenco torto, trama de Maneco tem uma de suas melhores Helenas

Reprodução/TV Globo

Julia Lemmertz (Helena) chora após brigar com Bruna Marquezine (Luiza) em cena de Em Família - Reprodução/TV Globo

Julia Lemmertz (Helena) chora após brigar com Bruna Marquezine (Luiza) em cena de Em Família

RAPHAEL SCIRE

Publicado em 11/3/2014 - 16h16
Atualizado em 13/3/2014 - 16h10

Quem estuda e escreve roteiros sabe que há três maneiras para se conhecer uma personagem: a) pelo que ela faz; b) pelo que ela diz; e c) pelo que dizem sobre ela. Helena (Julia Lemmertz), a protagonista de Em Família, já deu mostras que é impulsiva, ao cobrir o irmão de cintadas; passional, ao dizer que o amor é que a move; e já foi acusada de ser vaidosa e vazia por Laerte (Gabriel Braga Nunes), o grande amor de sua vida. A resposta às acusações foi, mais uma vez, um exemplo de sua intempestividade: um tapa na cara do homem que ela diz odiar, mas que o público já sabe que ela nunca deixou de amar.

Outra característica de Helena que não foge à regra das heroínas de Manoel Carlos é a maternidade, sua força motriz. No afã de afastar sua filha Luiza (Bruna Marquezine) de Laerte, ela chega até mesmo a agredir e ofender a cria com palavras. Os embates entre mãe e filha, além do iminente conflito existente com a possibilidade de ver Luiza envolver-se com o grande amor de sua vida, são pontos altos da história. Até que ponto Helena é capaz de abrir mão do amor pela felicidade da filha?

Helena também é provocativa. A passagem das primeiras fases, quando foi interpretada por Julia Delavia e Bruna Marquezine, deixou claro que ela não é do tipo que espera, pelo contrário, corre atrás daquilo e daquele que quer. E na terceira fase não é diferente, embora menos sensual do que antes.

Sua crueldade é mais um destaque. A dobradinha com Virgilio (Humberto Martins) dá ainda mais força à personagem. Sujeito pacato, quase apagado, Virgilio é completamente apaixonado pela mulher e sempre baixa a guarda quando a vontade de Helena se sobrepõe. Com ele, ela chega a ser cruel ao extremo, fere com palavras, acusa-o de covarde, incapaz de lutar pelo que ama e infeliz, além de tornar-se agressiva quando é contestada. Vale também ressaltar o excelente trabalho de Martins, sem dúvida o personagem mais difícil de interpretar na novela.

Helena age movida pela emoção, tanto é que não hesitou ao pegar um cinto e surrar o irmão de pileque. Em uma cena rápida, ela surpreende o marido cuidando de Felipe (Thiago Mendonça) após mais um porre. A princípio assustada com a situação, a protagonista logo surpreende ao ser tomada pela raiva, que desconta no irmão.  

Julia Lemmertz carrega tensão e emoção apenas no olhar. O jeito comedido que a atriz empresta à personagem contrasta com o caminhão de sentimentos que Helena carrega dentro de si. Foi a escolha certa em meio a um elenco escalado de maneira bastante torta.

Por se achar a dona da verdade, Helena erra. E heroínas errantes são muito mais interessantes, do ponto de vista dramatúrgico, do que mocinhas pacatas e iludidas pela esperança do final feliz. Exatamente por isso, a atual Helena já se destaca como sendo uma das melhores criadas pelo autor. E a presença de Julia certamente contribuiu para isso.

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