Terra e Paixão ferra mocinhos e consagra coadjuvantes; veja quem se deu bem

Terra e Paixão vai chegar ao fim no próximo dia 22 com um saldo até que bastante positivo para Walcyr Carrasco. O autor não pensou duas vezes em mexer na trama para fazer o horário nobre da Globo voltar a um patamar de audiência que não era visto desde o remake de Pantanal (2022). Ele, contudo, precisou sacrificar alguns personagens.

Aline (Barbara Reis) foi a principal prejudicada pelas mudanças de rumo. A protagonista ficou apagada na história e até mesmo teve um final feliz antecipado ao lado de Caio (Cauã Reymond) --já que não há mais ninguém para cumprir o papel de vértice de um possível triângulo.

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A função seria de Jonatas (Paulo Lessa), que sequer beijou a produtora rural durante o folhetim. Ele acabou se juntando com Graça (Agatha Moreira), que não chegou nem perto de ser a vilã que os telespectadores esperavam.

Iraê (Suyane Moreira) foi esquecida pelos autores, e a sua relação com Caio ficou só no passado. Daniel Munduruku, igualmente, foi pouco explorado como o pajé Jurucê --o núcleo indígena, infelizmente, não aconteceu.

Renata Gaspar chegou a reclamar publicamente da falta de cenas para Mara e Menah (Camilla Damião). Elas até se beijaram, mas não tiveram paz nem durante o jantar de noivado --preterido diante da prisão de Gentil (Flavio Bauraqui).

Por outro lado, alguns atores não podem dizer um "A" sobre o folhetim de Carrasco e Thelma Guedes. Os coadjuvantes roubaram a cena, até mesmo mortos.

Veja quem se deu bem com Terra e Paixão:

Agatha (Eliane Giardini)

Rainha do veneno

Com o desafio de entrar no meio da história, Eliane Giardini simplesmente colocou Terra e Paixão no bolso. Agatha reúne as melhores características das vilãs de Carrasco, movimentando a trama e ainda caindo na graça dos telespectadores.

Morta há mais de um mês, a mãe de Caio ainda está no centro das atenções com as investigações sobre seu assassinato --que só deve ser resolvido no último capítulo da novela das nove da Globo.

Angelina (Inez Viana)

Revolta do proletariado

A chegada de Agatha beneficiou principalmente Angelina (Inez Viana), até então relegada a cenas constrangedoras --como ter ficado tonta diante da cueca suada de Ramiro (Amaury Lorenzo). Ela não só revelou que era apaixonada pela amiga, como até mesmo chegou às vias de fato com Irene para defendê-la.

Uma das principais suspeitas pelo assassinato da morta-viva, ela foi à forra ao abandonar os La Selva após mais uma injustiça de Antônio (Tony Ramos).

Petra (Debora Ozório)

Miss tarja preta

Dos três herdeiros dos La Selva, Petra era a que tinha menos espaço nos primeiros capítulos da trama. Debora Ozório, porém, ganhou destaque com a redenção da "miss tarja preta". Ela assumiu o papel de mocinha, com direito até a um romance impossível com Hélio (Rafael Vitti).

Luigi (Rainer Cadete) e Anely (Tatá Werneck)

Golpistas do amor

Luigi (Rainer Cadete) roubou a cena nos primeiros meses de Terra e Paixão. Ele ganhou ainda mais tempo de tela ao encontrar a parceira perfeita --Anely (Tatá Werneck). O público torceu o nariz para a trama da dominatrix, mas aprovou a parceria dela com o italiano golpista.

Marino (Leandro Lima)

Redenção do 'delegato'

Leandro Lima repetiu a dose de Pantanal, em que cresceu na história como o peão Levi. O delegado Marino era só mais um fantoche nas mãos de Antônio, mas ganhou ares de mocinho ao se redimir para conquistar o amor de Lucinda (Débora Falabella).

Ramiro (Amaury Lorenzo) e Kelvin (Diego Martins)

Apertãozinho

Ramiro provavelmente vai ganhar um final feliz ao lado de Kelvin (Diego Martins) após pagar pelos crimes que cometeu a mando de Antônio. O conto de fadas LGBTQIA+ superou qualquer preconceito e transformou os então "amigos" no casal 20 da novela.