Novela das sete
Reprodução/TV Globo
José Fidalgo (Constantino), Caio Blat (Cássio) e João Vithor Oliveira (Saulo) deixarão Deus Salve o Rei
DANIEL CASTRO E ODARA GALLO
Publicado em 18/4/2018 - 5h43
O elenco de Deus Salve o Rei passará por uma limpa, e ao menos quatro atores deixarão a novela. Sob intervenção para tentar aumentar a audiência, o estreante Daniel Adjafre se livrará de personagens com assassinatos e a chegada de uma peste ao reino de Montemor. Desde o início de abril, os roteiros estão sendo supervisionados por Ricardo Linhares.
A primeira da série de mortes será a de Cássio (Caio Blat), que se sacrificará para que Afonso (Romulo Estrela) consiga fugir da pedreira da morte, para depois salvar Amália (Marina Ruy Barbosa) do incêndio provocado por Catarina (Bruna Marquezine) e voltar ao castelo para derrubar Rodolfo (Johnny Massaro) do trono.
O enredo inicialmente previsto para o personagem de Blat não se concretizará, já que, mesmo sendo melhor amigo de Afonso, ele se apaixonaria por Amália (Marina Ruy Barbosa) e disputaria o amor dela com o mocinho. O ex-comandante do exército se despedirá da trama sem desencalhar e será assassinado pelo feitor da pedreira.
O próximo assassinado será Constantino (José Fidalgo), que também ajudará o ex-príncipe na fuga. O vilão será capturado e oferecerá a cabeça do mocinho em troca de sua liberdade. Por ter seu plano de governar ao lado de Afonso em risco, Catarina mandará um anel envenenado ao ex-noivo, que agonizará na masmorra do castelo.
Uma epidemia de peste fará com que mais dois atores se despeçam da história em meados de maio, dois meses antes do fim da novela.
Saulo (João Vithor Oliveira) fará uma viagem para desvendar o passado da bruxinha Agnes (Mel Maia) e voltará com a doença para Montemor. Martinho (Giulio Lopes), pai de Amália, será infectado e morrerá nos braços da filha, que a essa altura já estará morando no castelo com Afonso.
reprodução/tv globo
Virgílio, personagem de Ricardo Pereira, pode ser o quinto a morrer em apenas dez capítulos
Existe ainda a possibilidade de mais uma baixa no time dos vilões. Virgílio (Ricardo Pereira) será colocado com Amália em uma cabana que será incendiada em seguida por um capanga de Catarina.
A ideia da rainha má é matar o ex-casal, mas Afonso chegará a tempo de salvar a amada. O vendedor de tecidos transformado em nobre de Montemor aparecerá pela última vez desmaiado em meio às chamas, mas uma reviravolta folhetinesca poderá fazer com que ele reapareça vivo na reta final.
Intervenções
As alterações no roteiro original de Daniel Adjafre começaram a ser exibidas na última segunda-feira (16), quando as tramas centrais ganharam novos rumos. Conforme o Notícias da TV antecipou, os capítulos do bloco 15 (85 a 90) foram devolvidos ao autor por Silvio de Abreu, diretor de teledramaturgia da Globo, assim como os da semana seguinte, e foram totalmente reescritos.
Em seguida, Ricardo Linhares foi escalado para supervisionar o trabalho do estreante e deixar a trama mais fluida, concentrada nos protagonistas e com ações de humor e drama mais bem definidas, conforme pedido da cúpula da emissora.
Foi a terceira vez que a direção da Globo tentou salvar Deus Salve o Rei do naufrágio. Ainda no início de fevereiro, antes mesmo da realização de pesquisas com grupos de telespectadores, a emissora determinou ao diretor Fabricio Mamberti ajustes na linha de direção. A principal foi tornar a interpretação de Bruna Marquezine, a vilã Catarina, mais natural, menos robótica.
A audiência da novela das sete, de 25,0 pontos na Grande São Paulo, preocupa a Globo. A média ainda é boa para o histórico recente do horário das 19h30, mas a novela vem oscilando muito no Ibope. Sua antecessora, Pega Pega, com o mesmo número de capítulos, já tinha quatro pontos a mais.
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