Remake de Renascer 'copia' Marcos Palmeira para deixar Inocêncio moderninho

Bruno Luperi se inspirou em Marcos Palmeira para deixar o protagonista de Renascer mais moderninho no remake da novela de 1993. Na nova versão da história, que tem estreia prevista para 22 de janeiro, José Inocêncio vai utilizar o sistema de agrofloresta nas terras dele --assim como o próprio intérprete faz na vida real.

Há quase 10 anos, Palmeira decidiu se dedicar aos sistemas agroflorestais na sua produção de alimentos orgânicos. Na fazenda Vale das Palmeiras, localizada na região serrana do Rio de Janeiro, o ator também uniu uma área de agrofloresta à criação de gado leiteiro.

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"É a introdução da agrofloresta dentro dos piquetes das vacas. Fazer com que a gente produza outros produtos junto com o leite, com o capim. [Para que] A vaca também possa se alimentar com leguminosos. E aquela história que eu sempre falo: a vaca come embaixo e come em cima. Pelas árvores, ela também vai ter alimento e sombra. É um projeto que estou apaixonado e estamos avançando bem", disse ele no ano passado ao Ecoa, do UOL.

Na primeira fase de Renascer, José Inocêncio --interpretado por Humberto Carrão-- vai produzir o cacau e se tornará um dos maiores fazendeiros do fruto da região. Já na segunda fase --na pele de Palmeira--, o personagem produzirá outras lavouras em suas terras e se tornará um homem moderno, visionário, consciente e pioneiro perante as pessoas de Ilhéus, na Bahia, onde a novela será situada.

O autor flertou com o tema em Pantanal (2022). No remake que foi ao ar no ano passado, José Leôncio (também vivido por Marcos Palmeira) começou a aprender técnicas regenerativas para agricultura de suas fazendas, com auxílio do filho Joventino (Jesuita Barbosa).

O jovem falava sobre extremos climáticos e sustentabilidade e afirmava que havia chegado a hora de levar para a fazenda o sistema de produção em agroflorestas. Zé Leôncio respondeu que isso era um enrosco maior do que um Leôncio pode lidar. "E dois Leôncios?", brincou o filho.

A discussão, que não foi aprofundada na novela de Juma (Alanis Guillen), será mais latente na novela que vai substituir Terra e Paixão na faixa das nove -- mais uma vez, com a ajuda do protagonista da história.

"Eu faço porque acredito nisso de verdade. Meu trabalho artístico ajuda a trazer informação para mais pessoas, pois, como elas estão interessadas no personagem, vão acabar me escutando ao falar do meio ambiente. Eu procuro juntar as duas coisas", disse Palmeira na época de Pantanal.