David Junior tremeu na base com chance em Pega Pega: 'Eu entrei em pânico real'

David Junior confessa que viu a euforia de ganhar seu primeiro papel de destaque na TV dar lugar a um frio na barriga logo nos primeiros dias de preparação para Pega Pega. O ator caiu na real e percebeu a "bucha" que tinha pela frente ao dar de cara com o time de veteranos da produção --incluindo Irene Ravache, que fez a sua mãe adotiva na novela das sete da Globo.

"Eu estava super feliz, porque era o meu maior personagem até então. O Dom tinha uma família, tinha cenário. E eu tinha até um carro para chamar de meu. Isso, por si só, já me deixou apavorado. E, aí, eu cheguei aos bastidores e dei de cara com aquele povo todo. Eu entrei em pânico real", revela o intérprete ao Notícias da TV.

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Ele ainda lembra que o nervosismo era tão nítido que não conseguia escondê-lo do restante da equipe e do elenco do folhetim de Claudia Souto. "O Luiz Henrique Rios [diretor artístico] chegou a segurar a minha mão, falar que ia dar tudo certo, mas foi o Marcos Caruso que me marcou", diz.

Com dezenas de novelas no currículo, o artista deixou David Junior mais calmo ao contar que também estava com a adrenalina a mil para viver Pedrinho Guimarães, cujos os milhões de dólares foram roubados pelos quatro ladrões da história. 

"Ele virou para mim e disse que estava morrendo de medo porque não tinha ideia do que ia fazer. E se o Caruso disse isso, então, era sinal de que eu não estava tão mal assim", avalia o fluminense.

Milton Gonçalves e David Junior

Laços de família

O ator também destaca que se sentiu extremamente realizado pela oportunidade de contracenar com Milton Gonçalves, que fazia o seu pai biológico na trama. "Eu aprendi desde pequeno a reverenciar quem vem antes, os meus ancestrais", pondera.

Essa ancestralidade, inclusive, o ajudou muito a atender os dilemas de Dom, que viu a vida virar de cabeça para baixo ao descobrir que Sabine (Irene Ravache) praticamente o arrancou dos braços de Madalena (Virgínia Rosa). 

"Ele cresceu na Suíça, então imagina a vida de um homem negro crescendo num país majoritariamente branco. Quanto ele reencontra a família, mais do que um laço de sangue, ele também se vê naquelas pessoas, no pai, na mãe e no irmão. É um amor que transcende muita coisa", filosofa o artista.

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