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APÓS TIRO

Paraplegia: Entenda condição que fará José Inocêncio parar de andar em Renascer

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Foto de Marcos Palmeira como José Inocêncio em Renascer

José Inocêncio em Renascer; personagem de Marcos Palmeira perderá o movimento das pernas

GABRIELA RODRIGUES

gaby@noticiasdatv.com

Publicado em 30/8/2024 - 18h00

José Inocêncio (Marcos Palmeira) levará um tiro nos próximos capítulos de Renascer e perderá os movimentos das pernas. Após sofrer o atentado, o fazendeiro ficará revoltado e chegará a recusar tratamento. O neurocirurgião Murilo Martinez Marinho destaca que esse tipo comportamento é muito comum entre pessoas que tiveram suas vidas afetadas com a mesma condição. "O impacto psicológico pode ser profundo", diz ele.

Ao Notícias da TV, o especialista explica que a "paraplegia ocorre quando há dano à medula espinhal, resultando na perda de função motora e sensorial nas pernas e na parte inferior do corpo".

O neurocirurgião usa o exemplo do personagem de Marcos Palmeira para ilustrar o que acontece com o corpo no momento em que ele é atingido por um tiro. 

A bala pode danificar a medula espinhal diretamente, seja cortando, esmagando ou interrompendo a comunicação dos nervos. A gravidade da lesão depende de onde o tiro atinge a coluna vertebral: quanto mais alto o dano, mais grave será o comprometimento.

"Quando a medula espinhal é danificada, a comunicação entre o cérebro e os músculos abaixo da área afetada é interrompida. Isso resulta em paralisia e perda de sensação abaixo do nível da lesão. Além disso, pode haver perda de controle sobre funções corporais, como a bexiga e o intestino", complementa. 

Tratamento 

Após ser diagnosticado com paraplegia, é importante que o paciente siga as orientações médicas em relação aos tratamentos que devem ser feitos. O médico Murilo Martinez Marinho cita algumas atitudes que precisam ser tomadas em busca de tornar menos pesado o processo em busca da retomada dos movimentos.

"Embora atualmente não exista uma cura para a paraplegia, o tratamento busca melhorar a qualidade de vida do paciente. Isso inclui fisioterapia e reabilitação para maximizar a função muscular remanescente, uso de próteses e dispositivos assistivos, como cadeiras de rodas; terapia ocupacional para adaptar o ambiente às novas necessidades e medicações para controlar a dor e espasmos musculares."

"A possibilidade de recuperar os movimentos depende do grau de lesão na medula espinhal. Lesões incompletas podem permitir alguma recuperação parcial, mas lesões completas geralmente resultam em paralisia permanente. Pesquisas sobre células-tronco e tecnologias de estimulação elétrica estão em andamento, mas ainda não são amplamente aplicadas como tratamentos curativos", acrescenta o neurocirurgião. 

O especialista destaca que embora a paraplegia por si só não cause a morte do paciente, é importante que cuidados sejam tomados para evitar outros tipos de complicações. "Infecções urinárias graves, septicemia, trombose venosa profunda e complicações respiratórias podem aumentar o risco de óbito. A prevenção é fundamental."

Apoio psicológico 

Além de lidar com a transformação física, o paciente diagnosticado com paraplegia também precisar contar com uma rede de apoio psicológica para entender o processo pelo qual está passando. 

"O papel do médico e da equipe de saúde é central para ajudar o paciente a aceitar a paraplegia. Além do suporte físico, oferecer apoio psicológico é essencial. Psicólogos e terapeutas ajudam os pacientes a lidar com sentimentos de perda, depressão e ansiedade. Programas de reabilitação também incentivam o paciente a retomar a independência e a se reconectar com sua vida social e pessoal, muitas vezes com o apoio de grupos de pessoas com experiências semelhantes", explica o neurocirurgião. 

A psicóloga Tatiana Mosso complementa a fala do colega e conta como os profissionais da psicologia podem auxiliar os pacientes com paraplegia, de modo que eles consigam aceitar melhor a condição e possam ter uma vida mais ativa. 

Ao perder os movimentos, é comum a pessoa enfrentar um 'luto pela antiga forma de viver' e uma reorganização de expectativas é imposta sem pedir licença. Esse processo pode, em alguns casos, desencadear transtornos como depressão ou ansiedade, já que a pessoa precisa lidar com limitações que representam a perda da liberdade, pode mudar a percepção de utilidade e a forma como enxerga a própria identidade.

"A psicologia tem um papel essencial nesse momento. O acompanhamento psicológico oferece um espaço seguro e de acolhimento daquela dor emocional, para que a pessoa possa expressar seus sentimentos, sem julgamentos, e assim começar a dar novos contornos para a nova vida e quem sabe, ressignificar a nova realidade", completa Tatiana. 


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