O que esperar de Família É Tudo? Nova novela explora relação de irmãos

Nova novela das sete da Globo, Família É Tudo foi criada a partir de um sonho do autor, Daniel Ortiz. Até o antigo título --A Vovó Sumiu-- surgiu enquanto o roteirista dormia. A realidade, no entanto, é bem diferente, e a história que estreia nesta segunda-feira (4) tem o intuito de discutir os muitos conflitos familiares pelos quais todo mundo passa.

"Na época de procurar sinopse, de pensar ideias e tal, eu sonhei com uma família que estava presa em uma casarão, que sumia a matriarca e eles estavam preocupados com a herança. Aí eu falei: 'Gente, será que sai alguma coisa?'. E sonhei também que a vovó tinha sumido. Pensei: 'Será que eu trabalho nessa história?'", lembra Ortiz em conversa com o Notícias da TV.

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"Fui, então, trabalhando, trabalhando... Desisti uma época, depois voltei. Tudo começou um pouco com esse sonho, mas também tem um pouco do lado pessoal. Eu tenho uma família muito, muito, muito pequena. Só eu, meu pai, uma irmã, um sobrinho. E eu sempre quis ter uma família muito grande, muitos irmãos, primos. Sabe aqueles natais cheios de gente?", ressalta.

"Meus natais eram pequenininhos, pouca gente e tal. Sempre quis isso [família grande]. Acho que botei um pouco na tela o que eu gostaria de ter tido. Imagina ter quatro irmãos! Isso deve ser maravilhoso", se empolga o autor.

Ortiz, aliás, deu uma boa animada na vida desses cinco irmãos. Vênus (Nathalia Dill), Júpiter (Thiago Martins), Andrômeda (Ramille), Plutão (Isacque Lopes), Electra (Juliana Paiva) são filhos do mesmo pai. Com a morte de Pedro (Paulo Tiefenthaler), eles acabaram se afastando, mas a avó Frida (Arlete Salles) sempre fez de tudo para juntar os netos novamente. Somente quando ela desaparece, os cinco se reaproximarão.

Após ser dada como morta, Frida surpreenderá a todos com seu testamento -- que foi lavrado nos Estados Unidos, onde é possível colocar condições. Os irmãos Mancini vão encarar uma missão que transformará suas vidas: além de morar juntos, terão que trabalhar para reconstruir o lugar que marcou o início da gravadora da família, criada por sua avó. A meta é clara: ao final de um ano, se o desempenho dos irmãos não for satisfatório, eles não ganham nada.

"Lá mais pra frente, no final da novela, eles vão se dar bem. Esse é o grande desafio da novela, unir essa família. Porque são cinco irmãos que se separaram, que não se dão bem. Tirando a Vênus, que se dá bem com todos eles. O desafio é essa família voltar a ser uma família. Acho que foi um pouco da minha vontade de ter uma família grande. Vejo meus amigos que têm cinco irmãos. Ah, que delícia. Eles reclamam, mas eu adoraria", diz Ortiz.

O primo vilão Hans (Raphael Logam), filho de Catarina (Arlete Salles), fará de tudo para que a harmonia familiar não aconteça, pois ele deseja herdar a fortuna sozinho. Ele contará com a mãe, gêmea de Frida, para atrapalhar a convivência dos cinco irmãos. E para isso, a novela contará com muitas cenas de ação --como a do sumiço de avó do quinteto, que desaparece em um navio durante uma tempestade em alto-mar.

"Essa é mais uma grande aventura que o Daniel nos coloca! A última novela foi com um furacão [Salve-se Quem Puder], agora é uma tempestade no navio. Eu falo que, com o Daniel não tem cena de café da manhã! Ele não vem com esse papinho de café porque não rola. Eu leio e fico ali pensando como é que a gente consegue, dentro do nosso tempo e da nossa capacidade de dias de roteiro, realizar absolutamente tudo que ele está escrevendo", diverte-se o diretor artístico Fred Mayrink.

Apesar de todo o humor e da aventura que são a cara da faixa das sete, a próxima trama do horário também vai apostar bastante na importância da família na vida das pessoas.

"É uma novela muito divertida, e eu adoro pensar sobre a família quando a gente faz esse projeto, as nuances que os personagens trazem. Família É Tudo vai fazer com que muitas pessoas se identifiquem com esses personagens, com o desafio da união, com o olhar para as desavenças familiares, para o egoísmo, para o amor, e esses ingredientes são o tempero da nossa história", ressalta Mayrink.

"E humanizar isso tudo através do elenco, para mim, é um grande presente. Desejo que o público também bata nessa nossa emoção, nesse nosso sentimento completamente humanizado, que existe nesses personagens, costurados por uma linha muito tênue de comédia", explica o diretor.

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