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REVIRAVOLTA

O que acontece com Zaquieu? Mordomo volta ao Pantanal e pisa em homofóbicos

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Silvero Pereira com expressão de surpresa em cena como Zaquieu da novela Pantanal

Zaquieu (Silvero Pereira) em cena da novela Pantanal; mordomo voltará à fazenda e virará peão

DÉBORA LIMA

debora@noticiasdatv.com

Publicado em 5/7/2022 - 14h42
Atualizado em 7/7/2022 - 8h15

Após ter sofrido com piadas homofóbicas dos peões, Zaquieu (Silvero Pereira) preferiu ir embora de mala e cuia da fazenda de José Leôncio (Marcos Palmeira) em Pantanal. No entanto, o fiel escudeiro de Mariana (Selma Egrei) acabará voltando ao Mato Grosso do Sul na novela das nove da Globo. O mordomo ainda calará a boca dos preconceituosos ao virar o primeiro peão gay da região.

No folhetim adaptado por Bruno Luperi, o serviçal até tentou contornar a ignorância dos boiadeiros e se adaptar ao clima no interior --mesmo com a presença dos jacarés que o aterrorizaram em seu primeiro passeio pelo bioma. Mas os ataques mais incisivos de Tadeu (José Loreto) e João Zoinho (Thommy Schiavo) foram a gota d'água para Zaquieu.

Desolado, Zaquieu deixou uma carta de despedida para a mãe de Irma (Camila Morgado) e embarcou na chalana de Eugênio (Almir Sater) para voltar ao Rio de Janeiro. Ele ainda desabafou com o violeiro em uma cena que comoveu o público no capítulo de segunda (4).

Depois de ter dado uma bronca nos funcionários e explicado que homofobia é crime, José Leôncio pedirá para Mariana ligar para o mordomo. O pecuarista se desculpará pelo comportamento inadequado dos pantaneiros e deixará claro que a fazenda estará sempre com as porteiras abertas para recebê-lo.

Durante a chamada de vídeo, Irma contará para o mordomo que a matriarca deu uma bronca no "rei do gado" por conta dos ataques homofóbicos. "A senhora armou um barraco? Por mim?", se surpreenderá Zaquieu. "E armaria quantos fossem precisos... Ainda acho que você deveria ter ficado aqui. Afinal, se alguém tinha que ter vergonha nessa história toda, definitivamente, não era você!", disparará Mariana.

"Não tem lugar para mim nessa fazenda, madame. Uma coisa são vocês, da nobreza, passarem o dia inteiro com as pernas para o ar. Esse réles plebeu, aqui, não nasceu para isso!", soltará o serviçal.

"Pois a vida sem esse réles plebeu não tem a menor graça!", reclamará a dondoca. "Essa mansão perde o tempero sem a senhora aqui, mas: c'est la vie! Agora eu preciso voltar para a lida", se despedirá ele.

Zaquieu decide retornar ao Pantanal

O personagem de Silvero Pereira passará alguns capítulos sumido da novela, mas reaparecerá em breve com as malas prontas para voltar ao Pantanal. Disposto a virar um peão respeitado, Zaquieu enfrentará o preconceito dos interioranos e se esforçará para aprender tudo sobre a lida com o gado.

Arrependido, Tadeu vai surpreender a todos ao incentivar o forasteiro e ainda pedirá para que José Leôncio permita que o mordomo participe de uma comitiva. "Ele já está montando até que direito", justificará o boiadeiro.

Além disso, ele se aproximará de Alcides (Juliano Cazarré) e acabará se apaixonando pelo capanga de Tenório (Murilo Benício).

REPRODUÇÃO/manchete

João Alberto Pinheiro como Zaqueu

João Alberto Pinheiro em Pantanal (1990)

Quem era o Zaqueu na primeira versão?

Na novela exibida em 1990 pela extinta Manchete (1983-1999), o personagem tinha uma letra a menos no nome. Zaqueu foi interpretado por João Alberto Pinheiro (1960-1992), que morreu aos 31 anos vítima de uma meningite decorrente do vírus HIV.

Na roteiro original escrito por Benedito Ruy Barbosa, o rapaz também era alvo de constantes deboches dos peões por conta do jeito afeminado. Ele até chegou a se declarar para Alcides (Ângelo Antônio em 1990), mas o matuto não correspondeu aos sentimentos do forasteiro.

Apesar disso, Zaqueu participou da morte de Tenório (vivido por Antônio Petrin na época). O peão homossexual apareceu com uma arma e ajudou Alcides a cercar o grileiro. Cheio de ódio, o capanga atirou uma lança no bígamo, que caiu no rio sangrando e acabou servindo de almoço para as piranhas.


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