A Lei do Amor
João Miguel Jr/TV Globo
Isabelle Drummond (Helô) e Chay Suede (Pedro) se apaixonam no primeiro capítulo
MÁRCIA PEREIRA
Publicado em 2/10/2016 - 9h34
Nova novela das nove da Globo, A Lei do Amor é um dramalhão que começa como um conto de fadas moderno, com Isabelle Drummond interpretando a mocinha Helô. Com a mãe doente e o pai alcoólatra e desempregado, ela conhece o grande amor de sua vida ao tentar fisgar um peixe numa represa e levar algo para a família comer. Mas os playboys da cidade aceleram seus jets skys em volta de sua canoa, e o almoço escapa. Chay Suede surge como o príncipe encantado Pedro, comovido e atraído ao mesmo tempo. Ainda no primeiro capítulo da trama de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari, o pai de Helô será preso e assassinado em uma rebelião.
Antes, o público verá a mocinha sofrer e se humilhar implorando para que o pai de Pedro, Fausto (Tarcísio Meira), tire a queixa contra o seu genitor, Jorge (Daniel Ribeiro). Ele assaltará a fábrica de tintas da família de Fausto com uma arma de brinquedo e fará uma funcionária refém. Em uma cela superlotada, apanhará dos outros presos na frente da filha e terminará assassinado em um motim.
Como tragédia pouca é bobagem, dois dias depois a mãe de Helô, Cândida (Denise Fraga), morrerá de leucemia. Em seguida, a mocinha será vitima de uma armação e vai se separar de Pedro por achar que foi traída. A beldade flagrará Suzana (Gabriela Duarte) nua dormindo com seu namorado e esconderá que está grávida dele.
"Ela tem os pés muito no chão, passa por coisas sofridas e se acostuma com a perda. Foi criada sem vida social, age com impulsos honestos nessa primeira fase, o que muda depois, quando a Claudia Abreu assume o papel", explica Isabelle Drumond. A participação dela se encerrará no quinto capítulo, quando a novela saltará de 1995 para os dias atuais.
'Xô, sofrência'
Claudia Abreu afirma que o drama é só no começo. "Helô é uma personagem intensa, mas muito leve também. Ela não é o tipo que carrega o peso do mundo nas costas, ela não é só uma heroína dramática. Apesar dos sofrimentos na primeira fase, Helô sobrevive porque gosta da vida", adianta a atriz.
felipe monteiro/tv globo
Reynado Gianecchini (Pedro) e Claudia Abreu (Helô) voltam a ficar juntos na segunda fase
Na segunda fase, no ar a partir do capítulo de sexta-feira (7), Helô estará há 20 anos casada com Tião (José Mayer). Sua filha, Letícia (Isabella Santoni), se recuperará de um tratamento contra um câncer. A jovem terá leucemia, como a mãe de Helô. Na luta contra a doença, o casamento de Helô vira fachada, e Letícia nem sonha que seu pai biológico é Pedro. Helô terá uma galeria de artes, e o trabalho representa um alívio, uma inspiração. A personagem também terá um filho muito carinhoso, Edu (Matheus Fagundes).
Pedro passará a ser interpretado por Reynaldo Gianecchini. Charmoso e solteiro, ele voltará para a fictícia cidade de São Dimas depois de 20 anos, reencontrará Helô e o amor deles renascerá como um estalar de dedos. Arrependido por armar junto com a mulher, Magnólia (Vera Holtz), o flagrante que fez Helô se afastar de Pedro, Fausto contará a verdade para filho e sofrerá um terrível atentado logo depois.
A escalação dos atores para fazer Helô e Pedro nas duas fases busca coerência não só nas características físicas. Gianecchini e Suede e Isabelle e Claudia trabalharam para ter cada dupla um personagem em evolução.
"Não é nem o jeito dele, nem o meu. É um personagem que é um pouco de nós dois. Foi bacana eu observar como seria esse Pedro jovem. O Pedro dele é mais desafiador do que o meu. Depois que você chega aos 40 anos, não tem tanta energia assim para gastar. Ele chega desafiador, meio marrento. Eu tento trazer isso 20 anos depois, mas é diferente", comenta Gianecchini.
Perversos e gananciosos
A Lei do Amor é um folhetim clássico, com vilões e mocinhos bem desenhados. O amor de Pedro e Helô é o foco, mas a história se desdobra com vários coadjuvantes interessantes. Tem um viés político forte, sem máscaras, e também esconde mistérios no passado de personagens que se ligarão mais para a frente, como o de Vera Holtz e José Mayer. Ele é um malvado com um desejo de vingança por ter sido humilhado e usado por ela na juventude.
estevam avelllar/tv globo
Claudia Raia (Salete) em cena em que se interessa por Gabriel Chadan (Robinson)
Para dar um alívio, Salete (Claudia Raia) brincará com o erotismo, flertará com belos rapazes. Terá um apelo sexual e cômico. Popular, ela se meterá na política e terá a missão de limpar toda a sujeira jogada para debaixo do tapete durante anos e anos na prefeitura de São Dimas.
A novela conta ainda com uma boa frente de capítulos. A diretora artística Denise Saraceni revela que a produção começou com 36 capítulos já escritos, já que a novela foi adiada. Era para ter entrado no ar em março, mas Velho Chico ocupou seu lugar por decisão da direção da Globo, que temia ter problemas com a legislação eleitoral.
"Ficamos livres da verossimilhança, das pessoas confundirem ficção com realidade. A ética é o pano de fundo da história, mas está inserida no contexto político. O fato de o Brasil estar há quase dois anos falando de ética e política, vendo exemplos de pessoas boas ou não. Isso está quente na sociedade e é positivo para novela", opina a diretora, que não teme rejeição da discussão política.
Escrita por Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari, que estreiam na faixa das 21h, A Lei do AMor não tem nada a ver com o mundo rural e a estética lúdica de Velho Chico. Parte dos personagens moram em São Paulo e outra parte, na fictícia São Dimas, que tem algumas características de interior, mas ficaria na Grande São Paulo se existisse. O frescor e a natureza também estão presentes porque os personagens estão sempre no mar velejando ou passeando pelo litoral. Há uma conexão dos personagens principais com Paraty (Rio de Janeiro).
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