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Morte trágica

No final de Velho Chico, vilão comete último crime e é caçado como animal

Reprodução/TV Globo

Marcelo Serrado (Carlos Eduardo) em cena de Velho Chico, novela que termina hoje (30) - Reprodução/TV Globo

Marcelo Serrado (Carlos Eduardo) em cena de Velho Chico, novela que termina hoje (30)

MÁRCIA PEREIRA

Publicado em 30/9/2016 - 5h25

Marcelo Serrado terá grandes momentos no último capítulo de Velho Chico, que será exibido na noite desta sexta-feira (30). Seu vilão Carlos Eduardo surtará ao ver que Afrânio (Antonio Fagundes) o denunciou ao Ministério Público em uma delação premiada. Cícero (Marcos Palmeira) tentará impedi-lo de fugir e será atropelado. O mau-caráter acelerará com tudo para cima do jagunço, que voará sobre o capô do carro. Depois, Cícero se unirá a Santo, personagem de Domingos Montagner, e a outros vaqueiros para caçar o bandido como um animal pela caatinga.

Na sequência, o carro do vilão ficará sem gasolina e ele sairá cavalgando em um jegue. Perdido no sertão, o político terminará louco. Cairá de língua na terra imaginando que alguém está derramando água para ele beber. Morrerá de sede, com urubus sobrevoando seu corpo. Apesar de punido pela própria ganância, o assassinato de Martim (Lee Taylor) e o atentado contra Santo não serão nem citados no final da novela das nove.

Já Cícero, recuperado do susto e do tombo, montará em seu cavalo e irá atrás do ex-marido de Tereza (Camila Pitanga). Em uma estrada de terra, ele encontrará um bando de homens, imaginariamente liderados por Santo, que não deve aparecer, apenas pela câmera subjetiva. Pela primeira vez unidos, os dois darão início a uma espécie de pega de boi, competição entre vaqueiros para capturar um animal valente. Só que o bicho será o ex-deputado.

Denúncia

Bento (Irandhir Santos) e Miguel (Gabriel Leone) participarão da sequência e devem assumir algumas das falas que seriam ditas por Montagner, morto no último dia 15. Logo no início do capítulo, Queiroz (Batoré) avisará Carlos Eduardo que Afrânio não morreu e está falando com jornalistas na televisão. Diante de um aparelho de TV, Carlos Eduardo surtará: "Que filho da... Ele não fez isso", gritará, chutando a tevê. "Eu te mato, seu maldito! Eu te mato, Saruê", berrará, atirando contra a televisão.

Ele pegará passaporte e malas de dinheiro em seu quarto. Jogará tudo no carro às pressas. Doninha (Suely Bispo) avisará Cícero da barulheira e do que aconteceu. "Teu patrão, Afrânio, botô a boca no mundo, Cíco. O miseravê do genro dele lá arrumâno as coisa pra ir s’emborapro estrangêro", avisará a empregada.

Vilão de Serrado, Carlos Eduardo, morrerá de sede e urubus vão sobrevoar seu corpo

Cícero falará para mãe que não permitirá a fuga. "Volta aqui misaravê! Volta aqui, mal’adiçoado", gritará o jagunço, saltando do cavalo para tentar impedir Carlos de sair da fazenda. O político dará a partida e arrancará, tentando passar por cima do jagunço, que rolará pelo capô do automóvel. 

No carro, Carlos pegará uma estrada de terra. Xingará Afrânio até o veículo engasgar e parar. Carlos o ligará uma vez, e nada. Sem gasolina, ele descerá do automóvel e obrigará um homem humilde a ficar com um maço de dinheiro e dar em troca seu jegue a ele. 

A última pega de boi

Santo e seu amigos encontrarão o carro. Pelo cipoal, Carlos Eduardo seguirá aflito, com o suor escorrendo pelo seu rosto, as roupas rasgadas, o o corpo ferido pelos espinhos. Vaqueiros verão que ele deixou uma fortuna para trás no carro, mas Bento não permitirá que o dinheiro seja mexido. "Não é seu, meu, nem de ninguém. E ele vai voltar de onde veio: pros cofres públicos", esbravejará.

Nisso, Cícero chegará e se juntará a eles. "Vâmo batê esse cipoá de bâxo acima, mais num vâmo dexá ele fugí de jeito nenhum", gritará Santo. A frase foi dita por Montagner em uma pega de boi que foi ao ar em julho.

O roteiro indica que Cícero e Santo trocarão um olhar desafiador antes de darem com as esporas em seus cavalos. "Santo, Cícero e mais alguma soma de vaqueiros afundam pelo cipoal no rastro de Carlos Eduardo. Vão se espalhando pela caatinga espinhenta com ânsia de encontrar o maldito", descreve o texto entregue aos atores.

Sem água

Já com o sol se pondo é que os vaqueiros voltarão da caça, sem o "animal". Várias cenas indicando finais felizes vão entrar antes de o desfecho de Carlos Eduardo ser mostrado. Com o jegue sem forças, ele sairá andando e gritando "água por caridade". Ele imaginará que três vaqueiros se aproximarão. "Compro sua água e um animal. Vocês nunca viram tanto dinheiro na vida", falará o ex-deputado, pegando maços de dinheiro e atirando na direção em que vê os homens.

Na visão dele, um dos sertanejos derramará água de um cantil na areia. "Sedente, ele se atira de língua com a língua na terra, sem sequer a interferência das mãos. Mas o que sente é o sabor da terra. Agarra um punhado de areia. Não há água. Levanta o olhar e os cavaleiros não estão ali. Foi uma miragem", descreve o roteiro.

Com ele imóvel no chão, um vento surgirá e varrerá as notas de sua mão. O céu será mostrado, e urubus começarão a voar em círculos sobre o corpo do vilão. Depois da sequência haverão somente mais duas cenas: o casamento de Tereza e Santo, e um almoço reunindo as duas famílias: Sá Ribeiro e Dos Anjos.


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