Louco para abraçar, Chay Suede troca atriz por pilastra em Amor de Mãe

Depois de meses em isolamento por conta da pandemia do coronavírus (Covid-19), Chay Suede confessa que estava com as emoções à flor da pele ao retomar as gravações de Amor de Mãe. O ator, aliás, precisou se controlar para não romper os protocolos de segurança ao dar de cara com Adriana Esteves nos bastidores. "Abracei a pilastra no lugar dela", entrega.

Os intérpretes vivem mãe e filho na produção que volta ao na próxima segunda (1º), mas já tinham contracenado antes em Babilônia (2015) e Segundo Sol (2018). "A gente voltou em um momento que todo mundo estava com saudade de trabalhar e ver os amigos. Voltamos muito emotivos, loucos para nos abraçarmos", conta o galã ao Notícias da TV.

O artista revela que não foi fácil manter o distanciamento justamente em uma novela sobre afeto materno. "Tinha a máscara, além do acrílico entre a gente. Tivemos que descobrir outras formas de transmitir carinho dentro de cena, até encontrar soluções para voltar a se encostar. Aí a coisa foi para outro patamar de emoção", pondera.

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Para rodar uma sequência com contato físico, a exemplo da descoberta de que Lurdes (Regina Casé) é a mãe biológica de Danilo, ele encarou alguns dias de "quarentena" em um hotel próximo aos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro. "Fora isso, a gente roubava um apertão no braço quando a gente fazia os testes [de detecção do vírus]", acrescenta Adriana.

Esse sentimento reprimido, no entanto, foi fundamental para que Chay encontrasse o tom do personagem. "Apesar de me sentir frio, tinha um fogo ali nas cenas com a Regina e a Adriana. A gente não precisava empurrar nada [para fora], a emoção queria sair", filosofa.

Suede afirma que precisou de dois dias para que Danilo retornasse à plena forma. "Ele voltou magicamente, porque estava guardado dentro de mim por conta dessa suspensão. A minha cabeça passou esses meses em outro lugar, mas no meu coração continou com o personagem", derrete-se.

Ele também sentiu um estranhamento ao voltar a gravar com o mundo ainda parcialmente paralisado pelo Sars-COV-2. "A gente sentia que estava fazendo alguma coisa errada, tinha uma culpa. Só que, para mim, não tinha nada pior do que não poder tocar [as pessoas ao redor]", conclui o ator.

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