It girl de série da Record, atriz rejeita vida de influenciadora: 'Privacidade'

Dara não desgruda do celular para praticamente nada em Todas as Garotas em Mim, mas Julia Zimmer gosta mesmo de entrar no "modo avião". Ela, inclusive, não quer transformar os quase 20 mil seguidores no Instagram em uma carreira. "Não me vejo como influenciadora. Gosto de ter minha privacidade", explica a atriz da série bíblica da Record.

"Eu considero a minha relação com as redes normal. Gosto de estar conectada e atenta ao que vem acontecendo nesse universo, até porque me dão um parâmetro de como está sendo aceito o meu trabalho. Mas não troco por um encontro com amigos. Eu prefiro olho no olho", conta a intérprete, em entrevista ao Notícias da TV.

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Julia deu muito mais do que um "google" para compreender melhor o porquê de Dara descontar a carência nas redes sociais e nos itens de luxo. Ela mergulhou nos livros do sociólogo britânico Zygmunt Bauman (1925-2017) para entender que a superficialidade da patricinha é um sintoma de um vazio muito maior.

"O consumo entra no lugar da moral, então as pessoas acabam sendo mais analisadas não pelo que são, mas pelo que compram. Isso explica muito sobre a personalidade dela. Ela é uma material girl, ama fazer compras e critica tudo que vai contra isso. Ela prefere viver no seu mundinho, onde está tudo sempre bem, desde que possa continuar comprando", avalia.

Um dos principais desafios para a artista foi enxergar as cicatrizes emocionais por baixo dos inúmeros filtros de Instagram que a garota usa para esconder as próprias dores no folhetim de Stephanie Ribeiro:

Dara é muito mais profunda do que aparenta ser, porque traz seus problemas e cicatrizes na personalidade. A mãe dela morreu quando ela era pequena, e o pai não dá atenção ou amor. Ele compra o afeto dando presentes e viagens, mas não tem tempo para a filha. No fundo, ela traz uma carência que prefere esconder e suprir com futilidade.

Julia também redobrou os cuidados para separar bem o profissional do pessoal ao abordar questões familiares tão densas, mas tão comuns. "Ela prefere viver num mundo de aparências em que está sempre tudo bem, mas uma hora a poeira virá à tona. Ela precisará lidar com seus problemas. Mas sei que essa dor que ela sente não me pertence. Então acabo separando bem, até porque a relação com meus pais é maravilhosa."

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