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Adeus, Djanira

'Inundei os estúdios de tanto chorar', diz Cassia Kis, cinco quilos mais magra

Reprodução/TV Globo

Cassia Kis em seus últimos segundos em A Regra do Jogo, no capítulo de ontem (19) - Reprodução/TV Globo

Cassia Kis em seus últimos segundos em A Regra do Jogo, no capítulo de ontem (19)

JANAÍNA NUNES

Publicado em 20/10/2015 - 5h03

Cassia Kis, 57 anos, se despediu de A Regra do Jogo, no capítulo desta segunda-feira (19), cinco quilos mais magra. A perda de peso, diz, foi resultado da entrega às cenas da novela das nove da Globo. "Foi algo tão profundo que acabei perdendo cinco quilos. Claro que o meu tipo de alimentação ajuda, mas o peso dramático da personagem também. Estou bem magra. Dizem que a TV engorda cinco quilos. Que nada! Isso é papo de atriz gordinha", conta a atriz, que culpa a "preguiça" do telespectador pela baixa audiência da trama.

Djanira, sua personagem, morreu ao levar um tiro durante aquela que seria a festa de casamento de sua filha, Toia (Vanessa Giácomo), com Juliano (Cauã Reymond). Na gravação das últimas imagens, na sexta (16), Cassia emocionou o estúdio. "Nesses 43 capítulos, chorei o mundo e inundei o Projac [central de estúdios da Globo] com a Djanira, mas fiquei muito feliz com o resultado", afirma.

Para fazer Djanira, Cassia conta que simplesmente amou demais. “Cultivei um amor enorme por duas pessoas: Cauã e Vanessa. Precisava amar muito esses dois porque a Djanira era uma mulher que amava demais. Era um ser humano raro. Aprendi muito com ela. Disse ao João [Emanuel Carneiro, autor] e para Amora [Mautner, diretora] que meu instrumento de pesquisa para a Djanira foi Nelson Mandela [ex-presidente da África do Sul]. Ele era uma pessoa de muita paz que passou a enfrentar as adversidades com serenidade. Juro que tentei me inspirar nele. Aprendi tudo sobre Mandela. Pode me perguntar qualquer coisa sobre ele”, desafia.

Mandela pode até ter sido uma inspiração, mas a professora não era um poço de pacificação. Tanto que batia de frente com Romero (Alexandre Nero) sempre que podia, caiu no conto do filho e do namorado, Zé Maria (Tony Ramos), durante alguns capítulos, mas logo descobriu a verdade e passou a atacá-los ferozmente. Estava pronta para a briga quando acabou assassinada.

"Tentei passar muita paz, mas eles [direção e autor] colocaram a personagem lá em cima, com uma carga dramática muito grande. A vida dela foi uma tragédia, daí tanto choro, revolta etc.", relembra.

Padrão Cassia Kis

Cassia parece já ter desapegado da professora da novela das nove até porque já sabia que sua personagem morreria cedo na trama.  "Foi mais uma novela para o currículo, mais uma personagem com padrão Cassia Kis. Com a mesma entrega de sempre. Só sei trabalhar assim", diz sem falsa modéstia.

A atriz já está reservada para a próxima novela das nove, Velho Chico, e também foi convidada para atuar em O País do Futuro, série sobre uma emissora de televisão nos anos 1950, de Guel Arraes, Jorge Furtado e Mauro Wilson, que será dirigida José Luiz Villamarim, com quem trabalhou em Amores Roubados (2013).

Com a morte de Djanira, A Regra do Jogo sofrerá uma reviravolta  (além de ganhar o tradicional quem matou). Espera-se com isso que o folhetim melhore a sua audiência. Até o momento, ele tem sofrido para ultrapassar a casa dos 25 pontos (cada ponto equivale a 67 mil domicílios na Grande SP).

"A qualidade da novela é ótima. O texto é raro e puxa para frente. É uma novela para pensar. O problema é que as pessoas querem tudo mastigado. O público precisa se acostumar a ver histórias boas e complexas. O João [Emanuel Carneiro] é um homem culto e com qualidade literária. O que ocorre é que o telespectador está com preguiça. Talvez esteja cansado por tudo o que ocorreu e ocorre no Brasil, mas é preciso superar. Existem vários tipos de preguiça. De ler, acordar, trabalhar, malhar e de ver novela. A gente tem de superar”, resume.


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