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Sergio Fonta

Há 20 anos, ator de O Outro Lado do Paraíso só faz novelas de Walcyr Carrasco

Divulgação/Globo

Sergio Fonta caracterizado como Amaral, o escudeiro fiel da vilã de O Outro Lado do Paraíso - Divulgação/Globo

Sergio Fonta caracterizado como Amaral, o escudeiro fiel da vilã de O Outro Lado do Paraíso

FERNANDA LOPES

Publicado em 4/11/2017 - 5h47

Desde os anos 1990, Walcyr Carrasco sabe que sempre pode contar com Sergio Fonta em suas novelas. O ator de 66 anos, que começou a carreira na década de 1970, desde 1997 só faz novelas do autor de O Outro Lado do Paraíso, na qual interpreta Amaral, administrador das finanças da família da vilã Sophia (Marieta Severo). Fonta até abandonou uma peça de teatro para priorizar uma novela de Carrasco.

"É um prazer enorme trabalhar em novelas do Walcyr, você sabe que não existe nenhuma fala solta, todas elas, pequenas ou grandes, têm sentido. Acredito que ele gosta do meu trabalho. Sempre que me convida eu vou, mergulho de cabeça. Faço tudo com muito amor. Foi uma trajetória Walcyriana", brinca.

A primeira trama de Carrasco em que Fonta atuou foi Xica da Silva (1997), da Manchete. Depois, seguiu em Chocolate com Pimenta (2003), Sete Pecados (2007), Gabriela (2012) e Êta Mundo Bom! (2016).

reprodução/globo

Sergio Fonta em cena de O Outro Lado do Paraíso, sua sexta novela de Walcyr Carrasco

Sergio Fonta começou a carreira como jornalista, mas aos poucos foi abandonando a função para se dedicar ao teatro. Ele estreou na TV em 1972, na novela Selva de Pedra, que também foi a primeira de Gloria Pires na Globo. O Outro Lado do Paraíso é quarta novela em que os dois atuam juntos (apesar de ainda não contracenarem).

"A Glorinha eu vi nascer como atriz. A gente tem uma relação de muito afeto, todas as vezes em que a gente se encontra são muito carinhosas. Ela é uma profissional exemplar, se tivermos cenas juntos vai ser um prazer enorme contracenar com ela de novo", diz.

Depois de Selva de Pedra, Fonta participou de outras novelas de sucesso da Globo, como Vale Tudo (1988), Felicidade (1992) e Sonho Meu (1993), e diversificou sua atuação no cenário cultural. Ele também é diretor e autor e se prepara para lançar um novo livro no próximo dia 21, uma peça de teatro.

Ele não tem a menor intenção de se aposentar ou escolher apenas uma área de atuação. Fonta quer trabalhar para fazer sucesso com Amaral e continuar em sua "aeróbica" cultural.

"A gente tem sempre sonhos pontuais. Eu queria desenvolver uma carreira na TV, mas sempre fui de teatro. Quando fui para a TV, não tinha ainda o sentido da responsabilidade que é fazer novela, isso foi vindo com o tempo. Fui vendo a importância e crescendo. Aprendi que dá pra ter prazer com teatro e com TV. A vida inteira fui abrindo esse leque, tudo que está ligado à cultura eu estou dentro. Cultura no Brasil é aeróbica, tem que fazer uma loucura pra conseguir fazer tudo", afirma.


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