MARIA DE FÁTIMA
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
A atriz Gloria Pires interpretou a vilã Maria de Fátima em Vale Tudo (1988): perfil de psicopata
REDAÇÃO
Publicado em 16/7/2020 - 14h24
Entre o rol de maldades de Maria de Fátima em Vale Tudo (1988), uma em especial deixou Gloria Pires de cabelo em pé. A atriz revela que até travou ao rodar uma sequência em que a vilã pisava no próprio pai, Rubinho (Daniel Filho). "Fiquei bloqueada. Ela o desclassificava, como o 'fracassado' que era, e o humilhava", relembra a intérprete.
A artista vai ter a chance de se deparar novamente com essa e muitas outras crueldades de sua antagonista com a chegada da produção ao Globoplay no próximo domingo (19). "Antes de qualquer coisa, preciso dizer o quanto adoro essa novela. O melhor do estilo Gilberto Braga está lá, com todas aquelas tintas do folhetim tradicional", avalia a mulher de Orlando Morais.
Ela considera que o papel foi uma espécie de divisor de águas em sua carreira, sobretudo para quem começou ainda criança na televisão. "Foi com ela que passei à idade adulta e também para um outro patamar profissionalmente", pondera.
A víbora, aliás, chocou os telespectadores com a sua falta de escrúpulos e os embates com a mãe Raquel (Regina Duarte). Ela chegou a deixá-la desamparada ao vender a casa da família para se mudar para o Rio de Janeiro --a matriarca precisou vender sanduíches na praia para sobreviver.
"Maria de Fátima era uma personagem cerebral. Eu busquei fazê-la desprovida de empatia, com os psicopatas são, em vez de acentuar os atos condenáveis que cometeu contra a própria mãe", relembra.
DIVULGAÇÃO/TV GLobo
Raquel (Regina Duarte) sofreu nas mãos da própria filha, a vilã Maria de Fátima (Gloria Pires)
Com tantas perversidades nas costas, Gloria afirma que a energia pesada da megera a acompanhava para além dos bastidores. "Não são as ações más ou boas que pesam na rotina da novela. São os sentimentos que lembra àquilo, e nisso é que mora toda a questão do estresse", diz a carioca.
Ela se surpreendeu com a resposta das pessoas nas ruas. "Acho que Vale Tudo inaugurou uma questão que eu não havia reparado antes, nas novelas, a empatia do público com a vilania. Isso é muito interessante porque a crítica social que a novela traz é muito próxima", arremata a mãe de Cleo, Antonia, Bento e Ana Morais.
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