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O BRASIL TÁ VENDO

MasterChef reestreia como game show anti-higiênico; é possível salvar o ano?

Divulgação/Band

Os jurados e chefs Paola Carosella, Erick Jacquin e Henrique Fogaça deliberam em episódio do MasterChef Brasil

Os jurados e chefs Paola Carosella, Erick Jacquin e Henrique Fogaça deliberam em episódio do MasterChef Brasil

REDAÇÃO

Publicado em 16/7/2020 - 7h10

Quem acompanhou MasterChef Brasil ao longo dos últimos seis anos deve ter notado grandes diferenças na nova temporada do programa, que estreou na terça (10). O reality agora tem novos participantes a cada episódio, e o vencedor é eleito no bloco final. No novo formato, o MasterChef fica parecendo mais um game show, e os protocolos de segurança contra o coronavírus (Covid-19) não funcionaram bem.

O programa de Ana Paula Padrão e dos jurados Paola Carosella, Henrique Fogaça e Erick Jacquin é o assunto principal do podcast O Brasil Tá Vendo, do Notícias da TV. No programa, os jornalistas Fernanda Lopes, Gabriel Perline e Erick Matheus Nery conversam e trazem novidades, curiosidades e bastidores sobre o universo dos realities na TV e nas plataformas de streaming.

Ao mesmo tempo em que mostrou inovação ao ter uma nova dinâmica e provocou, consequentemente, maior engajamento nas redes sociais (o que acontecia de maneira cada vez mais fraca nas temporadas anteriores), o MasterChef gerou insatisfação em parte do público.

Houve quem não gostasse do fato de só poder ver aqueles personagens durante duas horas, de não poder acompanhar suas trajetórias, as picuinhas, os mocinhos e os vilões ao longo de meses. É possível que o programa mantenha a relevância e o interesse do público mesmo com narrativas mais curtas?

"A Band está perdendo a oportunidade de falar para o público: 'Olha, a gente vai fazer 20 semanas desse jeito, e o vencedor de cada episódio volta para uma temporada [em 2021], valendo'. É como se fosse a seletiva da seletiva. Eles [equipe da emissora] cogitam, isso é uma possibilidade. Mas por enquanto, não existe narrativa. É como se fosse um seriado e cada dia é uma história louca", opina Gabriel Perline.

Outro fato que não escapou ao público foi a questão da higiene e das novas normas que devem ser seguidas durante a pandemia. Apesar de a Band ter anunciado que seguiria todos os protocolos para fazer um programa seguro, não foi bem isso o que se observou no episódio de estreia.

Ninguém usava máscara ou viseira plástica de proteção durante as provas, e os participantes falavam e respiravam em cima das preparações dos pratos. O distanciamento social também não foi totalmente respeitado e houve até um momento de aglomeração quando os cozinheiros amadores foram buscar ingredientes no mercado cenográfico.

Para que o programa ganhe pontos com o público e com a crítica nesse novo modelo, é preciso que haja maior atenção e cuidado da equipe nesse ponto. "O que custava colocar uma máscara, uma viseira? É nojento, foi nojento", declara Perline.

"O exemplo a Band tem dentro de casa. No Melhor da Tarde, gravado no estúdio ao lado, todos os profissionais que vão cozinhar sempre estão com essas viseiras. Do lado eles têm um exemplo prático de como seguir os protocolos", sugere Erick Matheus Nery.

Para saber mais sobre o universo dos reality shows, acompanhe o podcast O Brasil Tá Vendo. Você pode ouvir o segundo episódio pelo link abaixo ou pelas plataformas Deezer,Spotify, Google Podcasts e Apple Podcasts.

Ouça "#3: MasterChef virou um gameshow nojento? Como salvar o programa?" no Spreaker.

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