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PATRÍCIA LUCCHESI

Ex-atriz expõe dificuldade na quarentena: 'Batalhando para pagar supermercado'

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Patrícia Lucchesi com os cabelos ruivos soltos em foto publicada no Instagram

Patrícia Lucchesi em foto publicada no Instagram; ex-atriz passa dificuldade financeira na quarentena

REDAÇÃO

Publicado em 16/7/2020 - 11h34

Conhecida nos anos 1980 pelo comercial Meu Primeiro Sutiã, Patrícia Lucchesi deixou o trabalho na TV há mais de dez anos e virou psicóloga. Ela tem realizado os atendimentos online durante a quarentena, mas precisou adiar e cancelar palestras que estavam agendadas. Com menos eventos durante a pandemia, a ex-atriz expôs sua dificuldade financeira: "Estou batalhando para pagar supermercado".

"Não sou rica como algumas pessoas acreditam e me encontro em uma situação difícil, não é de hoje. Batalho muito, estudo muito, tenho carreira artística bonita e reconhecida, faço palestras há mais de um ano e doei o meu trabalho. Porém não tenho mais condições de fazer isso", desabafou ela.

"Sigo trabalhando com orientação, fazendo alguns atendimentos online, mas não são suficientes para cobrirem os gastos. Com a profissão de psicóloga não dá para ser rica. As pessoas pensam: 'Ah! Você também é atriz'. Nem como atriz se fica rica aqui no Brasil. Tudo o que eu fiz foi amparado no amor e nunca para ficar rica", afirmou a profissional em entrevista à revista Quem.

Patrícia também ficou conhecida pelo seu trabalho nas produções Grande Pai (1991), Era uma Vez… (1998), Sandy & Junior (1999) e A Turma do Didi (2004). Suas últimas aparições como atriz foram em Poder Paralelo (2009) e Bicho do Mato (2006), novelas da Record.

Afastada da TV, ela estudou Psicologia para entender melhor as necessidades do filho Mateus, que foi diagnosticado com autismo aos três anos. Abandonada pelo pai do menino após o diagnóstico, Patrícia cria sozinha o filho, hoje com 26 anos, e começou a dar palestras para orientar as famíllias que passam pela mesma situação que ela.

Nova missão

"Tive e tenho uma carreira artística muito linda e maravilhosa. Sou muito grata. Mas dei um tempo nela e não me arrependo, porque fui atrás de um outro grande sonho que era estudar. Sou uma pessoa muito feliz e realizada. O autismo não é fim de uma historia. É um recomeço. Posso dizer que o Mateus me salvou, motivando a minha caminhada para uma vida mais saudável, de estudos e dedicação", afirmou.

"Retorno financeiro mesmo não tenho. Quero muito continuar com esse meu objetivo de ajudar as famílias, mas sem retorno é complicado. Preciso estar em constante investimento no meu trabalho com estudos", comentou ela. Com dificuldades financeiras, a ex-atriz precisou pedir a ajuda de seus pais.

"O pai do meu filho foi embora logo após o diagnóstico. Foi estipulada uma pensão, ele assinou, mas só pagou uma vez e nunca mais. Nem sei aonde ele está. Conto com ajuda da minha família. Mas, na quarentena, cortei muita coisa e não tem como ser diferente neste momento. Todo mundo está reduzindo os custos. Só não dá para cortar a medicação super cara do meu filho. Isso é essencial", disse ela.

"O Mateus também não fica sozinho e tem que ter a todo momento alguém ao seu lado dando o suporte necessário caso ele tenha alguma crise. Isso tem custo. Ainda tem a mensalidade caríssima da escola especializada, que não parou de ser cobrada. Então, está complicado, sim, na minha família, assim como em tudo lugar. Mesmo assim, se comparar com a situação de muitos brasileiros, a minha até que está confortável", assume a ex-atriz, que foi mãe aos 17 anos.

Patrícia pretende continuar com o trabalho como psicóloga e orientar familiares de pessoas com transtorno do espectro autista após a pandemia.

"Dou dicas do manejo do autista, oriento como ele pode ser incluído no mercado de trabalho, na escola… A inclusão é da sociedade com o autista. Por isso, não basta focar só na pessoa diagnosticada. Tem que trabalharar a família e ajudar na formação desta rede de apoio que ele tem, que está também na escola", explicou.

"A sociedade precisa se incluir no autismo e parar com essa cultura da exclusão. Mudar essa realidade é o meu objetivo na vida. Tenho até planos de voltar para a carreira artística, mas gosto muito deste trabalho que eu faço", encerrou.

Confira fotos de Patrícia com o filho:

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Hoje é o dia do orgulho Autista 💙 Celebração da neurodiversidade das pessoas e de quem tem o diagnóstico de Autismo. Segundo pesquisa dos EUA, de 1 para cada 54 pessoas, com 8 anos de idade, é autista. Os diagnósticos tem aumentado muito!!!! O que aumenta também a necessidade de orientação as famílias e sociedade sobre TEA. O dia do orgulho Autista são todos os dias... A inclusão inevitável, tendo em vista a quantidade de diagnósticos crescentes no mundo. Meu filho, Mateus na foto, tem o diagnóstico de Autismo Somos todos diferentes... Tenho orgulho da minha história e de todos como eu, que lutam para desbravar um caminho. Orientadora psicológica de familiares Autistas www.patricialucchesipsicologia.com.br

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Eu com o Mateus, meu filho e mamãe com o Mateus Minha gratidão é do tamanho do colo de mãe Feliz dia das mães ❤💙❤

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18 de Junho dia do orgulho Autista 💙 Mateus manda um beijo para todas as famílias de TEA e autistas😘

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