Trem ruim
Divulgação/TV Globo
Michel Teló no cenário de The Voice; cantor foi convidado para estrelar novela das seis
DANIEL CASTRO
Publicado em 7/12/2015 - 5h28
Prevista inicialmente para estrear em janeiro, na faixa das 18h, a novela Trem Bom foi definitivamente cancelada pela TV Globo. A direção de teledramaturgia da emissora reprovou os primeiros capítulos apresentados pelo estreante Mauricio Gyboski. A produção, sobre uma dupla de música sertaneja, já tinha perdido a vez na fila das novelas das seis para Eta Mundo Bom, de Walcyr Carrasco. Agora não vai mais ao ar. Depois de Eta Mundo Bom, a emissora terá uma novela Walther Negrão.
Aprovada há pouco mais de um ano, a sinopse de Trem Bom empolgou a Globo. A emissora chegou a cogitar ter um astro da música sertaneja como protagonista. Michel Teló e Luan Santana foram sondados para encarar o desafio. A falta de tempo para se prepará-los como atores e a concorrida agenda de shows fizeram a emissora pensar em alternativas. Mas o que levou a Globo a cancelar a produção foi mesmo o texto considerado "insatisfatório".
A novela, que já tinha até diretor (Jayme Monjardim), se passaria em uma cidade fictícia do interior de São Paulo. Teria duas famílias rivais: uma dona de uma gravadora e outra, com dois talentos do sertanejo, os irmãos Cairo e Argel. Cairo, um habilidoso peão de boiadeiro, trabalharia para o vilão da história, Juca Jobim.
O gaúcho Mauricio Gyboski escreve desde os 18 anos, mas foi um curso de roteiro para telenovelas de Aguinaldo Silva que abriu as portas da Globo para o autor. Nesse curso, que Silva chama de master class, nasceu Fina Estampa (2011), para a qual Gyboski colaborou. Depois, ele voltou a trabalhar com Silva em Império (2014).
Em uma entrevista em junho para o jornal Pioneiro, do grupo RBS, parceiro da Globo no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, Gyboski dava a produção da novela como certa.
"Antes de iniciar o trabalho em Império, entreguei a sinopse de Trem Bom. Aguinaldo nem sabia da existência dela. Quando fui informado da aprovação pelo Fórum de Teledramaturgia da emissora, capitaneado pelo Silvio de Abreu, a supervisão tinha sido oferecida para outro autor, acostumado a tramas rurais. Aí eu disse: 'Espera aí. Aguinaldo deve ser consultado!'. Fiquei muito honrado quando ele aceitou fazer minha supervisão", contou ao jornal.
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