Ex-ator pornô em Verão 90, Humberto Martins quer atiçar telespectadoras

Aos 57 anos, Humberto Martins jura que continua atuando como um galã de novela. Na próxima terça (29), ele estreia em Verão 90, nova novela das sete, como Herculano, um ex-ator pornô apelidado de "Gatão". Martins pondera que não mostrará tanto o corpo como nos anos 1990, mas acredita que conquistará mulheres, tanto as da ficção quanto as telespectadoras.

"Não tenho como fugir de ser galã. Isso está atrelado a um conjunto de coisas,  como physique du rôle [em português, o porte físico que favorece o ator a viver um tipo de papel] e voz, que marcam o conceito do homem. Isso já vem se estabelecendo desde quando comecei na Globo, em 1987", explica.

"Não volto a ficar daquele jeito sem camisa que o [autor] Carlos Lombardi fazia, mas tem uma ou outra cena quente [em Verão 90]. Acredito que vou aguçar as mulheres que me acompanharam nos anos 1990", afirma.

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Após viver o turrão Eurico em A Força do Querer (2017), Martins volta à teledramaturgia da Globo na pele de Herculano Mendes, um diretor de cinema que tenta colocar seus projetos em prática.

Isso nos anos 1990, porque a novela também mostrará vários flashbacks dele nas décadas de 1970 e 1980, quando era conhecido como Hércules Gatão e fazia filmes sensuais com Lidi Pantera (Claudia Raia).

"O Herculano ainda exalta esse lado, até tem que estar mais em shape [forma] do que os outros. Ele tem um jeito sexy de ser, porque é um garotão ainda, anda de tênis All Star, é um cara de cinema, bem moderno. Um coroa garotão", define o ator.

Para ficar em forma para o personagem, Martins conta que apenas seguiu com seu estilo de vida saudável, com prática de vários esportes e boa alimentação. Com mais de 30 novelas e minisséries na carreira, ele acredita que se cuidar e evitar vícios são práticas que ajudam a manter o rótulo de galã.

"Tenho saúde, o negócio é estar fazendo esportes e cuidar da alimentação. E nada de bebida alcoólica, drogas, nada disso. É uma coisa muito perigosa, atrapalha o ser humano. Bebi até os 21 anos. Quando resolvi trabalhar sério e constituir uma família, parei. Não estou querendo ser discriminativo nem preconceituoso, é o que eu quis para mim. Eu sou bem jovem de conceito, acho que a velhice está na cabeça", diz.