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Verão da lata

Doce de leite de Verão 90 foi maconha na vida real nos anos 1980; entenda

Isabella Pinheiro/TV Globo

Patrick (Klebber Toledo) dança seminu sob efeito do doce de leite batizado em Verão 90 - Isabella Pinheiro/TV Globo

Patrick (Klebber Toledo) dança seminu sob efeito do doce de leite batizado em Verão 90

REDAÇÃO

Publicado em 25/3/2019 - 6h02

A partir desta segunda (25), Verão 90 vai fazer referência a um episódio curioso que aconteceu no Brasil em 1987 e entrou para a história como Verão da Lata. Naquele ano, milhares de latas com maconha foram encontradas nas praias do Rio de Janeiro e de São Paulo. Na novela das sete, devido ao horário, os personagens encontrarão latas de doce de leite boiando no mar. A guloseima, no entanto, estará "batizada", e quem comê-la ficará "mucho" louco, como se dizia na época.

A cena que encerra o capítulo de segunda (25) da novela das sete mostrará Patrick (Klebber Toledo) surfando no mar, na zona sul do Rio de Janeiro, quando encontrará um pote de doce de leite. Ele ficará curioso, comerá todo o doce e terá uma reação intensa: ficará muito agitado, com muita energia, sairá para dançar e arrasará na pista, coisa que nunca havia feito antes.

Nos capítulos seguintes, Galdino (Gabriel Godoy) também encontrará o doce em lata e ficará do mesmo jeito que Patrick, mas pensará em tirar vantagem disso. Ele venderá churros com o doce de leite batizado e deixará quase todo o elenco de Verão 90 bem alterado.

history channel/reprodução

Latas de maconha apreendidas no litoral de SP; episódio ficou conhecido como Verão da Lata

Tudo isso remete ao que aconteceu em setembro de 1987. As primeiras 18 latas de maconha apareceram na região de Maricá, a 60 quilômetros do Rio. Diferentemente da trama da novela, não havia nenhum doce para "camuflar" o conteúdo: cada lata tinha aproximadamente 1,5 quilo de maconha.

No total, 15 mil latas foram encontradas boiando no mar, e elas vinham de longe. O navio Solana Star estava trazendo um carregamento da droga, com cerca de 22 toneladas, para o Brasil --o objetivo era repassar a maconha para outros dois navios que tinham como destino Miami, nos Estados Unidos.

Mas os tripulantes descobriram que o navio estava sendo procurado e despejaram toda a carga no mar.

A Polícia Militar foi rapidamente acionada, e em todo cais havia uma operação para apreensão de latas, de acordo com o jornalista Wilson Aquino, que escreveu o livro Verão da Lata, lançado em 2012. Quando a polícia soube do descarte da droga, o navio já havia partido e só um tripulante havia ficado no Brasil.

O cozinheiro Stephen Skelton foi preso por tráfico internacional, mas a quantidade de maconha encontrada no barco era muito pequena, e ele foi solto um ano depois. A maioria das latas ficou com os usuários. Das 15 mil que apareceram, só 2 mil foram apreendidas pela polícia.

Assim como acontecerá na novela, quem encontrou a maconha enlatada naquela época logo percebeu que o produto era diferente, mais forte. Wilson Aquino acredita até que o carregamento australiano mudou a qualidade da maconha nacional. 

"A maconha vendida no Rio de Janeiro era solta, de qualidade duvidosa, causava muita irritação e tosse. Depois começou a surgir uma maconha de mais qualidade, o que a gente chama hoje em dia de 'prensada'. Isso a gente pode atribuir ao Verão da Lata", disse ele em entrevista ao UOL.


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