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ANDRÉ CÂMARA

Diretor de Amor Perfeito deseja fazer Bridgerton com racismo: 'Potente'

BOB PAULINO/TV GLOBO

Com vestido pink, Camila Pitanga anda abraçada e sorrindo com Diogo Almeida em cena da novela Amor Perfeito

Marê (Camila Queiroz) e Orlando (Diogo Almeida) protagonizam a recém-estreada Amor Perfeito

MÁRCIA PEREIRA, colunista

marcia@noticiadastv.com

Publicado em 25/3/2023 - 6h40

Amor Perfeito trouxe como protagonista um negro, Orlando (Diogo Almeida), que arrebatou o coração da mocinha no primeiro capítulo da novela das seis da Globo. Ele é médico, circula em rodas da alta sociedade como qualquer outra pessoa, mas não deixa se encarar o racismo na ficção, assim como acontece na realidade.

O diretor artístico André Câmara não esconde que Bridgerton, série fenômeno da Netflix, foi sua principal fonte de inspiração para trabalhar com uma peculiaridade da sinopse da trama: os personagens já eram apresentados como pretos ou brancos. "O desejo estético foi inspirado na série inglesa. Era o de representar essas pessoas pretas de uma forma potente e elegante", diz.

Ele diz que o primeiro passo para isso ocorrer foi o de não mexer nos cabelos das mulheres e homens pretos do elenco. No entanto, Câmara explica, avisando que não se trata de uma crítica, não dava para deixar Orlando e outros personagens sem enfrentar baques da discriminação racial.

Isso já foi visto desde a estreia, quando Gaspar (Thiago Lacerda) chamou o rival de vira-lata. Para Câmara, no Brasil não daria para colocar negros na elite ignorando o racismo, como Bridgerton faz. 

A questão da escravização a gente tinha, sim, que falar. O racismo existe no Brasil. Mas também tínhamos de fazer de uma outra forma, porque a gente não queria que esses personagens pretos sofressem racismo e baixassem a cabeça. E isso, quando acontece na nossa novela, o personagem se posiciona, ele se impõe, responde ali na hora, no ato.

JOÃO MIGUEL JÚNIOR/TV Globo

André Câmara

André Câmara é o diretor artístico da novela

Câmara, então, buscou outras referências na construção do folhetim que o telespectador começou a acompanhar nesta semana. Ele fez um estudo profundo para trazer um povo que vivia à sombra nos registros históricos que existem no país: o de uma elite negra no século passado.

Com sua equipe, Câmara encontrou o que precisava nas histórias e conceitos dos trabalhos do compositor Heitor dos Prazeres (1898-1966) e da artista Tarsila do Amaral (1886-1973).

A novela tem principalmente referências do cinema, daquela fase quando o cinema noir deixou de ser preto e branco, passou a ser colorido. Então, foi aí que surgiu esse desejo estético também de brincar com tecnicolor. A gente começou a colorizar, a pensar em cores diferentes. E, aí, fomos casando essa ideia com o conceito do Heitor dos Prazeres. Enfim, o desafio é grande, e está só começando.

O diretor conta também que essa é uma trama que entrou no ar com três semanas de capítulos prontos, mas tem mais 150 pela frente para serem executados. Ele tem aproximadamente 300 pessoas trabalhando na produção.


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