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COLECIONADORA DE HITS

De Gabriela a Amor de Mãe: Gal Costa fez história nas trilhas sonoras de novelas

DIVULGAÇÃO/TV GLOBO

Gal Costa cantando na festa de lançamento da novela Amor de Mãe (2019)

Gal Costa cantando na festa de lançamento da novela Amor de Mãe (2019); ela fez parte de trilha sonora

FERNANDA LOPES

fernanda@noticiasdatv.com

Publicado em 10/11/2022 - 6h30

Uma das cantoras mais consagradas da música brasileira, Gal Costa (1945-2022) fez história também nas trilhas sonoras de novelas. A artista colecionou hits que foram eternizados na teledramaturgia, como as músicas de abertura de Gabriela (1975) e Vale Tudo (1988). Em Amor de Mãe (2019), ela cantou na festa de lançamento e teve duas músicas na trilha sonora oficial: Minha Mãe e O Que É Que Há.

A estreia de Gal com um tema de novela aconteceu em 1975, com Modinha para Gabriela, de Dorival Caymmi e Jorge Amado. Por muito pouco a cantora não foi também a protagonista da novela.

"Na época em que a Globo fez a primeira versão de Gabriela, [o diretor] Daniel Filho convidou-me para fazer o papel de Gabriela como atriz. Fiquei com medo, porque sempre me achei mais cantora do que atriz. Poderia ter aceitado, eu era a encarnação da Gabriela. Sonia Braga fez o papel com uma beleza e verdade incríveis. Eu cantei a música do mestre Caymmi, e minha voz ficou sendo dela", disse Gal Costa em entrevista ao jornal Extra, em 2012. 

A canção foi o tema de abertura também da segunda versão da novela Gabriela, em 2012. Gal afirmou que nunca deixou de amar a música e aprovou a adaptação de Walcyr Carrasco do folhetim. "Aprovei, sim. Vejo novela quando gosto. Está muito bem-feita e amo aquela música do Tom Jobim [Tema de Amor de Gabriela] no fim. Dá muita saudade da época em que tínhamos música de qualidades nas novelas", disse ela. 

A voz de Gal apareceu nas trilhas sonoras de dezenas de novelas, como: O Casarão (com a música Só Louco, em 1976), Espelho Mágico (canção Tigresa, em 1977), Dancin' Days (Solitude, em 1978), Os Gigantes (Força Estranha, em 1979), Água Viva (Noites Cariocas, em 1980), Brilhante (Meu Bem, Meu Mal, em 1981), O Amor É Nosso (Jogada pelo Mundo, em 1981), Ciranda de Pedra (Dez Anos, em 1981), Final Feliz (Verbos do Amor, em 1982), Louco Amor (Dom de Iludir, em 1983), Vereda Tropical (Um Dueto, em 1984), Transas e Caretas (com o hit Baby, em 1984), Corpo a Corpo (Nada Mais, em 1984) e Um Sonho a Mais (Chuva de Prata, em 1985). 

Em 1988, uma parceria de Gal com Cazuza (1958-1990) fez grande sucesso na abertura de Vale Tudo (1988): a música Brasil, com crítica à sociedade da época. Ainda nos anos 1980, ela fez parte das trilhas sonoras de Bambolê (canção Desafinado, em 1987), Fera Radical (Me Faz Bem, em 1988), Bebê a Bordo (Viver e Reviver, em 1988) e Tieta (1989), com a música Alguém Me Disse. 

Relembre a abertura de Vale Tudo: 

Na década de 1990, Gal Costa apareceu nas trilhas sonoras de Rainha da Sucata (em 1990, com a canção Nua Ideia), Barriga de Aluguel (1990 também, com Eu Acredito), O Dono do Mundo (1991, canção Solidão), Deus nos Acuda (1992, com o tema de abertura Canta Brasil), Mulheres de Areia (1993, música Caminhos Cruzados), Pátria Minha (Errática, em 1994), História de Amor (1995, Futuros Amantes), Anjo de Mim (O Amor, em 1996), Zazá (Jovens Tardes de Domingo, em 1997) e Torre de Babel (com o tema de abertura Pra Você, em 1998). 

Nos anos 2000, a música Caminho do Mar embalou o tema de abertura de Porto dos Milagres --a novela se passava na Bahia, Estado natal de Gal Costa. Ela também figurou nas trilhas sonoras de Mulheres Apaixonadas (2003, com O Amor em Paz), Celebridade (2003, Nossos Momentos), Senhora do Destino (Dono dos Teus Sonhos, em 2004), Belíssima Coisa Mais Linda, em 2005), Alma Gêmea (Linda Flor, em 2005), O Profeta (Caminhos Cruzados, em 2006), Paraíso Tropical (Ruas de Outono, em 2007), Negócio da China (Simples Carinho, em 2008), Ciranda de Pedra (E Daí, em 2008), Eterna Magia (Pra Machucar Meu Coração, em 2008) e Viver a Vida (2009, Mar e Sol).

As canções de Gal continuaram a ser usadas com frequência nas trilhas sonoras de novelas da década de 2010. A voz dela esteve em cenas de Escrito nas Estrelas (canção Eternamente, em 2010), Lado a Lado (O Orvalho Vem Caindo, em 2012), Joia Rara (com a música Folhetim, em 2013), O Rebu (Mãe, em 2014), Império (Dom de Iludir, em 2014), Em Família (Desafinado, em 2014), Boogie Oogie (Barato Total, em 2014), Alto Astral (Um Dia de Domingo, em 2014), Babilônia (Ilusão à Toa, em 2015), Sete Vidas (Errática, em 2015), Malhação (Quando Você Olha pra Ela, em 2015), Velho Chico (Como 2 e 2, em 2016), Os Dias Eram Assim (Divino Maravilhoso, em 2017) e Segundo Sol (Aquele Frevo Axé, em 2018). 

As últimas aparições de Gal em temas de novelas foram em Amor de Mãe, com Minha Mãe e O Que É Que Há na trilha oficial, além de Palavras no Corpo, Sua Estupidez e Dê um Rolê em incursões ocasionais; Lágrimas Negras em Um Lugar ao Sol (2021) e Tuareg em Mar do Sertão (2022).

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