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CHAVEIRINHO DE MADAME

De caricato a medroso: Gays servos roubam a cena nas reprises da Globo

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Montagem com os atores Marcelo Serrado como Crô de Fina Estampa à esquerda e Pablo Sanábio como o Max em Totalmente Demais

Crô (Marcelo Serrado) em cena de Fina Estampa e Max (Pablo Sanábio) em sequência de Totalmente Demais

DANIEL FARAD

Publicado em 18/4/2020 - 6h05

Caricatos e desbocados, Crô (Marcelo Serrado) e Max (Pablo Sanábio) voltaram a fazer barulho com as reprises de Fina Estampa (2011) e Totalmente Demais (2015). Os personagens caíram no gosto popular nas suas exibições originais, mas agora enfrentam críticas nas redes sociais. Os dois se tornaram uma pedra no sapato dos folhetins por representarem o estereótipo do "gay chaveirinho" --expressão pejorativa que designa o homossexual que se torna capacho de uma mulher hétero.

Os telespectadores mais jovens são os principais a torcerem o nariz para ambos os papéis, principalmente para o mordomo interpretado por Marcelo Serrado. O empregado doméstico é feito de gato e sapato pela madame Tereza Cristina (Christiane Torloni), que o trata como um escravo.

Ele deixa claro a sua relação servil com os pronomes de tratamento "divina Ísis" ou "rainha do Nilo". A sua vida é devotada a satisfazer os desejos da patroa, com um raro escape para encontrar um amante que nunca é mostrado na história, nem no último capítulo.

Aguinaldo Silva deixou claro que o personagem sente a necessidade de ser pisado gostoso por uma dondoca em Crô: O Filme (2013). Mesmo depois de herdar uma fortuna, ele passa o filme inteiro à procura de uma nova musa soberana a quem possa servir.

As estripulias de Crô divertem, contudo, uma parcela mais conservadora do público, que ajudou a torná-lo super popular há oito anos. Ele é um alívio cômico dentro da trama, principalmente na tensão sexual com o "zoiúdo" Baltazar (Alexandre Nero). Os dois seguem a cartilha dos "bons costumes" e nunca trocaram nem um selinho no folhetim.

Da água para o vinho

Max não se humilha tanto quanto Crô, mas também é feito de tapete por Lu (Julianne Trevisol). A blogueira e it girl é tratada a pão de ló pelo amigo, que já chegou a se passar por heterossexual para garantir a sua segurança em uma balada. Ele a beijou para se passar por seu namorado na frente de Rafael (Daniel Rocha).

Na época, o personagem encarou as primeiras críticas pelo seu comportamento servil nas redes sociais, mas não deixou de ser um dos tipos mais populares da novela ao lado de Cassandra (Juliana Paiva).

Os autores Paulo Halm e Rosane Svartman, entretanto, entenderam o recado das redes sociais e não repetiram a fórmula com William (Diego Montez) em Bom Sucesso (2019). O publicitário herdou apenas a parte positiva de Max, como os gestos exagerados e a sua liberdade de se expressão sem precisar seguir algum padrão de masculinidade.

O namorado de Pablo (Rafael Infante) tinha uma relação bem diferente com a melhor amiga Gisele (Sheron Menezzes). Ele nunca anulou as suas vontades para satisfazer o ego da megera redimida, pelo contrário, foi fundamental para que ela se livrasse do machista Diogo (Armando Babaioff).


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