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Além do limite

Bianca Bin vence fobia em gravação de O Outro Lado do Paraíso; saiba qual

Raquel Cunha/TV Globo

Clara (Bianca Bin) durante cena em cachoeira do Jalapão na primeira fase da novela das nove - Raquel Cunha/TV Globo

Clara (Bianca Bin) durante cena em cachoeira do Jalapão na primeira fase da novela das nove

MÁRCIA PEREIRA

Publicado em 6/2/2018 - 6h02

A atriz Bianca Bin teve de enfrentar seus medos nas gravações de O Outro Lado do Paraíso. Ela conta que tem fobia de água e verdadeiro pavor de ficar trancada em lugares fechados. Mesmo assim, encarou o desafio de ser jogada ao mar trancada em um caixão. Gravou as cenas em uma praia de Arraial do Cabo (RJ), e os closes em uma piscina nos Estúdios Globo. 

Os momentos que ofereciam maior risco foram feitos pela dublê Roberta Felipe, em sequência dirigida por Henrique Sauer em novembro, justamente para não expor a protagonista da novela das nove a um acidente. 

"As cenas foram muito emocionantes para a personagem e para mim também. Sou uma pessoa que sofre de claustrofobia, e tenho fobia de água também. Então, estou vencendo os meus medos para gravar essas sequências, que foram pesadas e exigiram muito de mim", conta Bianca.

"Foram dias intensos e inteiros de gravação. A gente se dispõe a isso, a chegar nesses limites. Falamos para o nosso corpo: 'Aguenta aí, que vou ali e já volto'", diz. 

Desde o começo da trama, a atriz se propôs a enfrentar o medo que tem de água. Primeiramente, ela entrou em cachoeiras no Jalapão (TO). Para isso, retomou um tratamento que a tem ajudado desde 2009, quando sofreu crises de ansiedade e começou a desenvolver síndrome do pânico. "Faço microfisioterapia que, para mim, é a descoberta do século", conta.

Bianca é atendida pela médica Silvia Pauleto, de Itu (interior de São Paulo). A especialista viaja ao Rio de Janeiro só para cuidar da atriz. O tratamento foca em liberar o corpo da atriz de situações traumáticas.

Ela explica que acredita que todas as doenças são psicossomáticas. Recentemente, descobriu um nódulo na tireoide. A punção foi feita e o material, enviado para biópsia. O resultado? Nada de grave.

reprodução/tv globo

A parte mais perigosa das cenas de Clara saindo do caixão no mar contou com ação de dublê

"Quando estamos atuando, vivemos algumas sensações, mas o corpo não entende que aquilo é encenação e libera tudo o que tem para liberar. Então, a gente busca alguns caminhos [para se livrar das experiências pesadas]", comenta.

A microfisioterapia foi o caminho escolhido por ela. "É uma reprogramação celular, como se o corpo registrasse todas as situações traumáticas que a gente vive desde a vida uterina e guardasse em pastinhas que precisamos esvaziar de tempos em tempos. Pelo toque, ela [a especialista] vai reprogramando seu corpo como se mandasse uma informação para ele. A última sessão que fiz, eu estava completamente triste, aquele tipo de tristeza que gera até uma dor física. Ela me atendeu e, ao final, eu não sentia mais aquilo", relata.

Vingativa trabalhosa
Aos 27 anos, Bianca enfrenta não só seus medos no trabalho, mas o papel mais difícil de sua carreira. "A Clara tem uma demanda muito grande. São 11 horas diárias, seis dias por semana, 50 páginas de texto para estudar, mas é um grande desafio e uma grande oportunidade. Estou honrada de contar uma história como essa, porque além de entretenimento, temos a função social aí."

Por mais difícil que tenha sido interpretar as agressões sofridas por Clara no começo da novela, a atriz acredita que a história escrita por Walcyr Carrasco consegue mostrar as relações abusivas e a teia emocional que as envolve.

RAQUEL CUNHA/TV GLOBO

Bianca Bin em cena triunfal: atriz diz que vingança é atrativa porque traz senso de justiça

"O que a gente não deve fazer é julgar, mas acolher cada vez mais essas mulheres. É importante fazer a denúncia e cobrar do Estado medidas protetivas eficazes. Eu não aguento mais ler nos jornais sobre mulheres que denunciam seus agressores e depois são assassinadas pelos mesmos. Essa lei precisa funcionar. Esses agressores não podem ficar nas ruas, mas presos para se regenerarem e poderem voltar a conviver em sociedade", discursa.

Desde 14 de dezembro, quando colocou um vestido vermelho e abalou um baile beneficente ao surgir em cena ao som da canção Blaze of Glory, dos roqueiros do Bon Jovi, a mocinha traz o "sabor" de justiça à novela com seu plano de vingança.

A volta triunfal da sofrida Clara é, para a atriz, um atrativo e tanto, já que a personagem gera empatia a todos aqueles que se sentem injustiçados. "Não é uma vingança pura, senão fica raso. É algo mais profundo, é senso de justiça", diz.

Sobre com quem Clara vai ficar, se com Patrick (Thiago Fragoso) ou com Renato (Rafael Cardoso), Bianca avisa que a mocinha continuará dividida. A atriz lembra que, de qualquer maneira, a personagem tem aí uma outra barreira a vencer. "Ela tem um pé atrás. Não quer saber de homem, quer recuperar o filho e ser feliz."


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