MARIETA SEVERO
DIVULGAÇÃO/TV GLOBO
Marieta Severo interpreta a vilã Alma em Laços de Família, em reprise no Vale a Pena Ver de Novo
Os primeiros capítulos de Laços de Família mostraram as dúvidas e as expectativas dos personagens com a chegada dos anos 2000. Há duas décadas, Marieta Severo também fez suas projeções sobre o novo século, mas jamais pensou que a política brasileira daria uma guinada rumo à eleição de uma figura como Jair Bolsonaro.
"Nunca achei que esse tipo de governo poderia ser eleito, nem que uma parte da população fecharia com os valores que ele propõe. Jamais acreditei que a foto de uma criança fazendo uma arma com as mãos fosse levar tanta gente a assinar embaixo e seguir por esse caminho", avalia a atriz em entrevista ao Notícias da TV.
Marieta e Bolsonaro, aliás, estiveram em palanques bem distintos durante o pleito de 2018. A atriz apoiou publicamente o concorrente do atual presidente, Fernando Haddad, e sempre rechaçou os elogios do político à Ditadura Militar (1964-1985). A própria artista foi alvo da perseguição do regime, que culminou em seu autoexílio na Itália com o então marido Chico Buarque.
A intérprete da vilã Alma, contudo, afirma que o passar do tempo também lhe trouxe surpresas positivas e inimagináveis com o novo milênio. "Indo para esse lado da vida pessoal, há duas décadas eu tinha apenas dois netos e hoje já tenho sete", brinca a mãe de Helena, Luísa e Sílvia Buarque.
O amor também voltaria a bater na sua porta em 2004, quando se casou com o diretor teatral Aderbal Freire Filho --eles estão juntos até hoje. "Ganhei um companheiro de vida e de criação, que é fundamental na minha existência. Além da parceria que mais adoro com a minha comadre Andréa Beltrão no teatro Poeira [criado pela dupla em 2015 no Rio de Janeiro]", pondera a carioca.
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Alma (Marieta Severo) é a tia possessiva de Edu (Reynaldo Gianecchini) em Laços de Família
Outras duas apostas feitas por Marieta em 2000 deram frutos na televisão. Ela se considera uma espécie de madrinha de Reynaldo Gianecchini e Juliana Paes, que fizeram a sua estreia no folhetim de Manoel Carlos --ambos agradecem a atriz pela parceria e o acolhimento nos bastidores.
"Eu vi que eram dois jovens talentosos, que vinham para estar na profissão de uma maneira respeitosa e séria. Acompanho tudo o que eles fazem como uma mãe. Tenho orgulho enorme de vê-los conquistando o seu espaço e perceber que eu tenho uma migalhinha nisso tudo", gaba-se.
Ela diz que apenas repetiu nas coxias o que a atriz Yoná Magalhães (1935-2015) fez por ela na sua primeira novela, O Sheik de Agadir (1966). "Ela foi o meu apoio no momento em que eu estava começando, assim como tantas outras pessoas que não vou me lembrar agora porque são 55 anos de carreira", diverte-se a artista.
Inscreva-se no canal do Notícias da TVno YouTube e assista a vídeos com revelações do que vai acontecer nas suas novelas preferidas!
© 2024 Notícias da TV | Proibida a reprodução
Mais lidas
Política de comentários
Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.